domingo, 31 de janeiro de 2010

Agenda para 2010

Neste ano o século XXI encerra sua primeira década e os acontecimentos são muitos. Sim, temos Copa do Mundo, que faz qualquer publicitário mais feliz diante da possibilidade de ganhar mais com os Vai Brasil. Também teremos Eleições e espero que as escolhas sejam mais bem feitas desta vez, apesar de achar que no geral faltam opções. Mas minhas expectativas são para outros eventos, mais simples e cotidianos. São casamentos, novas oportunidades de trabalho, promessas que pretendo cumprir. Já começou bem porque voltei a falar com amigos que estavam, e ainda estão, distantes. Mas distância não é problema. Internet funciona né?
Também fico feliz pelas amigas que vão casar. Adoro casamento. Pensar em roupa de festa, ver a alegria dos noivos, a noiva que sempre é uma visão. São vários este ano. Também quero estudar mais, fazer um curso, uma pós. Sei lá, mil coisas. Quando a gente tem muitos planos a vida é boa, não acha?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Flashs rápidos.

John Galliano é excêntrico e na alta costura isso faz parte do show. Afinal, para ver roupas singelas a gente não precisa dos desfiles de Paris. Nesta temporada ele fez um mix de cavalariças, cortesãs e drags, em uma homenagem ao costureiro Charles James.


 A coleção da Armani Privé tem um viés mais classiquinho e usável, como é de se esperar. Pensei nisso antes de chegar aos modelos que parecem interpretações de águas-vivas. Muito brilho, muito shantug e uma seleção de pretinhos que poderão ser disputados a tapa por ex e atual senhoras Pitt.
 
 
 E pra fechar este post, Givenchy. Dramático, uma coisa meio mortícia, meio zumbis. Bem na moda adolescente e cinematográfica do momento. Roxos e azuis profundos. Nudes pálidos. Degradés.


Algodão doce, cetim e fuxicos.

Buscando alguma diversão numa manhã sonolenta, fui dar uma conferida nos desfiles de alta-costura. Comecei por Chanel, que estava na abertura do Style.com. Não mudou meu mundo. Um cabelo de lação estilo Lady Gaga estava lá. Será que era peruca?


Tem uma parte do desfile toda doce, cores pastéis com meias brancas brilhantes. Tudo justo e estruturado. Meio coquete. Meio boring.

 

A parte do desfile com mais cara de festa abusava do cetim. Tudo muito fluido e brilhante. Marca até a alma.


Algumas peças mostravam texturas e olha qual não foi minha surpresa ao ver as imagens de detalhes e perceber que eram fuxicos! Vestidos de fuxicos, casacos de fuxico. Tão Brasil. Eu particularmente não sou muito fã de fuxicos. Mas a galera artesã e naif pode investir num Chanel Haute-Couture inspired.  




terça-feira, 26 de janeiro de 2010

E o Rio de Janeiro?

Pois é, ontem fiz um bate-e-volta no Rio. Mudou muito e mudou quase nada. Estranho. Fiquei dividida entre sentimentos de não parece que vivi aqui durante 6 anos e não parece que já faz 1 ano que voltei pra São Paulo. É estranho, mas é bom.
Ontem fui resolver pendências que estavam se arrastando desde que mudei. Estava com medo de não conseguir fazer tudo, mas dentro do que era possível, foi feito. Queria ter feito mais coisas. Uma correria danada.
Tomei café-da-manhã com uma amiga queridíssima da faculdade, enfrentei Detran, banco, almocei com antigos amigos de trabalho, fiz reunião pra começar um projeto novo, mais banco e calor. Como foi que eu sobrevivi a este calor durante o tempo que morei lá? Desabei no final do dia, na casa de uma amiga. Minha pressão caiu e a cabeça doeu demais. Ainda bem que ela estava lá pra cuidar de mim.
Voltei com mais saudades do que quando fui. Ainda bem que já tenho planos de ir lá em breve. Sim, a paisagem continua linda, assim como os problemas continuam péssimos. Mesmo sabendo que não é o meu lugar, hoje vejo que foi bom ter morado lá.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Alice.

Outro dia comentei no Twitter que não aguento mais um monte de estilista e editor de moda se inspirando em Alice no País das Maravilhas. Isso, no entanto, não significa que não quero assistir ao filme do Tim Burton.

 Hoje sairam novas imagens do filme, com o gato que ri. Este filme eu pretendo assistir em um dinema 3D e espero sair muito feliz de lá. Tim Burton às vezes é chatinho e cansativo. Em compensação, às vezes é genial. Tem Jonny de Chapeleiro Maluco, Anne de Rainha, uma Alice meio desconhecida e um monte de computação gráfica. Espero ansiosamente. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A febre dos esmaltes.

Até algum tempo atrás a vida de quem pintava as unhas era relativamente simples. Escolhia-se a cor entre rosinhas, vermelhos e branquinhos. As mulheres eram fiéis às suas cores preferidas e ousada era quem pintava a unha com a cor café da Colorama. Se você queria um esmalte verde pra usar na Copa do Mundo, misturava tinta de caneta num vidro de base ou esperava lançar um kit específico pra data, porque fora dela, verde era uma aberração.


Mas aí aconteceu a Chanel. O preto da Chanel. O azul escuro da Chanel. O cinza, o verde clarinho e agora aquele marrom estranho da Chanel. E parece que mulheres de todas as idades, provenientes de vários países do mundo todo entraram em frenesi. Todo mundo querendo a nova cor. A cor da estação.
Confesso que eu meio que entrei nesta onda. Esmalte é barato né? Das marcas nacionais você paga 2 ou 3 reais no potinho e fica feliz. Eu queria usar uma cor diferente a cada dia, lia tudo o que as meninas escreviam. Várias marcas lançam suas cores superdiferentes e todo mundo tem que experimentar e sair na busca inglória por um potinho colorido. Fiquei nessa até comprar o verdinho imitação da Big Universo. Experimentei e percebi que não combinava comigo.
Então me aquietei, um pouco. Resolvi ficar com as cores que eu gosto, testando uma ou outra novidade sem exageros. Passei a olhar as dicas e tendências com desconfiança e a pensar se combina comigo antes de resolver que quero porque alguém falou. Também desisti dos esmaltes importados. Acho que eles marcam muito fácil, ficam grossos. E olha que eu já testei várias marcas. Sem contar que eu acho que é muito dinheiro por um esmalte. Nunca gostei de unhas com desenhos e sei que a nova moda é fazer um degradê, com uma unha de cada cor, mas não entrei nesta. Agora estou usando as cores que eu gosto, buscando o equilíbrio. Pelo menos até o próximo lançamento da Chanel.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Acidente de percurso.

Sabe quando você tem apego a uma peça de roupa a ponto de não perceber (ou fingir) que não dá mais pra usar?
Tenho uma calça assim. Jeans escura, comprida para usar com salto, com uma modelagem meio que pantalona. Amo. Mas ela não deveria estar sendo usada. Gordinha com coxa grossa, as costuras centrais com tendência ao sumiço. A linha desgasta, o tecido cede, a calça rasga.
Sim, minha querida rasgou hoje em pleno horário comercial. Pelo menos eu tava dentro do escritório, pior se fosse no meio da rua. Não sei se tem conserto.
Fui correndo numa loja aqui do lado, que eu não gosto muito porque o atendimento é péssimo. Mas eles têm uma seção de ponta de estoque. Superei meu problema com as atendentes, que hoje estavam especialmente preguiçosas, subi os dios lances de escada e me joguei nas araras em busca de uma calça, bermuda ou saia que ficasse boa e tivesse um preço pagável. Sempre é difícil achar meu número, mas alguma coisa ali tinha que servir.
E serviu. Uma saia preta, em tamanho comportado, com pregas. Combinou com a minha roupa e tava baratinha. Ufa, desta vez eu escapei.
Mas tenho que tomar mais cuidado. De outra vez isso pode acontecer no meio da rua, em uma almoço com amigas ou em uma ocasião mais formal. Sem contar o risco de estar sem dinheiro ou de não encontrar nada que funcione. Desnecessário passar por isso.
Resolvido: dar fim a tudo o que não tem mais a menor condição de ser usado, porque roupa também tem seu prazo de validade.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Esta coisa de idade.

Tem muita atriz que fala que a indústria de Hollywood é perversa com as mulheres que estão envelhecendo. Usam este argumento para fazerem milhares de plásticas sucessivas e tentam parecer que ainda têm 20, 30 anos. OK, pode ser que isso seja verdade. Mas é relativo. Vamos ao Globo de Ouro.


Meryl Streep, uma das minhas atrizes preferidas. Trabalha e trabalha muito. Filme após filme. Papéis muito diferentes uns dos outros. Faz até a protagonista romântica. Não parece ter 30 anos, mas está em excelente forma. Fez plásticas? Pode ter feito, mas não deixou o botox paralizar sua expessão artística. Adoro.

Da mesma forma que existem papéis bons para atrizes com mais de 50 anos, que rendem prêmios e agradam o público, existem muitas oportunidades para mulheres reais, que precisam trabalhar, namorar e superar obstáculos. E que vão ser mais ou menos bonitas, como todo mundo é mais ou menos bonito em qualquer idade, sem que isso seja desculpa para se prender em uma lamentação sem fim sobre como o mundo é cruel.

Sim, o mundo é cruel. Com todos, sem excessão. Mas eu particularmente acho que mais cruel que o mundo, é a gente. Então nada de ser uma atriz conhecida pelas constantes tentativas de parecer mais nova, e sim pelo talento.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Esta tendência não é pra mim...

Tem gente que acha que tem que ser feito de tudo para estar na moda, mesmo que a dita não a favoreça. Eu sou a favor de ficar bem com o que se tem, só usar o que nos melhora, então vez por outra vejo uma tendência e lanço a sentença: Isso não é pra mim.

A última é a moda das sobrancelhas apagadas, à la Lara Stone.


Aqui a moça num anúncio da Calvin Klein. Não sei se isso funciona bem na vida real pra alguém, mas pra mim não. Imagina eu, com minha sobrancelhas grossas e negras, me jogando no descolorante dia sim, dia não? Isso pra não falar que meu tom de pele, cabelo e meu estilo não vão bem com a coisa toda. Então, esta tendência não é pra mim. Mesmo. Por mais moderno que fique em algumas pessoas.

E agora?

Meu antigo blog voltou a funcionar e eu tenho a seguinte dúvida: continuar aqui ou voltar pra lá?
Por conta deste tipo de coisa da internet, acumulo contas de e-mail. Decidir é uma coisa que cansa. Milhares de decisões por dia. Que roupa usar, o que comer no café da manhã, que caminho seguir para chegar ao trabalho. A maioria das decisões nem exigem reflexões profundas, como esta também não deveria exigir. Should I stay or should I go?
Tirando isso, tem que as coisas que a gente não pode decidir, mas bem que gostaria. Exemplo: salário. Eu adoraria poder decidir o quanto ganhar. Outro? Reforma ortográfica. Ao invés de deixar meio mundo de pernas para o ar, eu teria acabado com a crase. Mas não tenho poder pra isso. Então vamos voltar ao que pode ser feito e tentar levar a sério pequenas resoluções da vida. Vamos decidir qual vai ser o almoço de hoje.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Meu horóscopo hoje

Astrologia, numerologia, tarot, estas coisas. A gente diz que não acredita, mas acaba dando uma olhada. Porque às vezes tem um conselho bom ali. Porque às vezes é o que a gente tava precisando (ou querendo) ouvir. Porque às vezes anima. Tipo hoje.

Clima astral propicio a renovação financeira e a novos negócios, recebimento de valores, bens materiais ou dinheiro, convites para novos trabalhos remunerados etc. Autoconfiança é fundamental para tomar o caminho correto nas próximas semanas. Trabalhe o apego.

Esta é a previsão(?) para o meu signo, sagitário, na coluna Urânia Folha de São Paulo. E é daquelas que dá muita vontade de acreditar. Porque tem várias coisas relacionadas, várias coisas que estou tentando conseguir.
Claro que existe a imensa possibilidade de o clima astral propício não ser suficiente. Mas, na dúvida, vou me encher de autoconfiança e acreditar que tudo vai dar certo.

Atualizando: Gente, não é que é verdade!

Fashion Rio, o que é isso?

No começo do Fashion Rio postei minha dúvida quanto a que veio esta edição de inverno de 2010. E pelo jeito meus temores tinham fundamento.
É tudo feio, horrível, não vou usar de jeito algum?
Não. Tem peças bonitas, até mesmo interessantes. Mas tem muita cópia escondida sob o termo inspiração. Mas quando é quase igual, não tem como fugir, é cópia mesmo. Também tem bastante mais do mesmo. Coleções não mostram identidade da marca, apenas um desejo de vender. Pode ser até um raciocíno lucrativo a curto prazo, mas faz com que a marca seja esquecida sem deixar saudades. Enfim, pra ver o que vi nas fotos dos desfiles, preferia olhar folhetes de Renner e C&A.
Para ver as fotos de todos os desfiles, com detalhes em destaque inclusive: FFW

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sair sem olhar no espelho.

Hoje tive que entrar uma hora antes no trabalho e a minha vontade de me arrumar foi zero.
Fosse eu alta, magra e maravilhosa, isso não ia ser um problema. Nestas pessoas qualquer jeans e camiseta parece roupa de luxo. É mais fácil usar salto porque não há excesso de peso para cansar os pés e o cabelo bagunçado é um charme e não simples desleixo.
Hoje estou feliz por não ter que lidar com o público, porque a mesma roupa que já usei outras vezes parece um saco de batatas. Parece tudo meio desengonçado. Em dias assim a gente bem que poderia ter um desconto da vida e ficar invisível. Pelo menos até conseguir um pouco de coragem pra aparentar ser uma coisa melhor ou uma fada madrinha que nos coloque em ordem de novo.


Precisando desesperadamente de Chanel.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Altos e baixos

A cabeça pesa, o ar está denso e eu sinto que vou desmaiar. Bem que eu gostaria. Um desmaio no meio do nada, um descanso forçado de quando o corpo precisa parar e a gente não obedece. Mais um plano de fuga que nunca será executado. Sim a cabeça pesa e respirar parece ser um trabalho sobrehumano, mas não estou machucada, não de forma visível. Os olhos já estão quase secos, o nariz nem está mais vermelho, pareço calma. Sim, estou calma. Ou apática? Estou aqui pensando se as coisas são como são ou se alguém fez com que ficassem assim só por que eu estava meio que feliz. Quero descobrir se sim ou não? Não gosto muito de ter certeza, porque no geral as certezas são burras. E no mais, prefiro gostar das pessoas.

Hoje tá um dia pesado, cansado e chato. Sabotagem por todos os lados. Climão, climão.
Lá fora o tempo abafado lembra que a vida não é uma sucessão de dias perfeitos. Aqui dentro, o ar-condicionado desligado lembra que algumas lutas são desgastantes ao extremo. Até hoje não entendi porque logo depois de um dia eufórico eu recebo bordoadas - desta vez até que pequena. Parece que não existe a real possibilidade de eu ficar satisfeita, mas vou continuar tentando.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Para chamar atenção.

Nas semanas de moda as marcas têm investido em famosos para abrir e/ou fechar seus desfiles. Pode ser que funcione, pode ser que o famoso chame mais atenção pra si que pro trabalho da equipe de estilo. Depois de ter achado Rodrigo Santoro absolutamente insosso na Ausländer, que fez um desfile conceitual até que interessante, Fernanda Lima apareceu estranha na Cantão.
Fui dar aquela conferida de leve nos looks de Fashion Rio, pra ver se volto a me animar com moda e aquela coisa toda que já escrevi. Mas antes que pudesse reparar em qualquer criação, dei de cara com uma foto da Fernanda Lima na home da UOL e pensei os fotógrafos estão de sacanagem...



Mas quando fui conferir as outras fotos do desfile percebi que na outra entrada, com outro look, ela ainda estava com a mesma expressão tortinha. Engraçado que na foto antes da produção os olhos não estavam estranhos assim.

O que será que houve? Espero que não seja nada, ela é linda.


Quanto à coleção da Cantão, senti aquele clima meio cigano que tá se manifestando há algum tempo, principalmente nas coleções internacionais. Diz que a inspiração da coleção é turca, e até consigo ver um lance meio deserto, mas pra mim faz parte do pacote fashion cigano. Apesar de às vezes achar que tem informação demais nas coisas e isso ser complicado de usar, me divirto com o climão over, de estampas marcantes e correntes. Não me apaixonei, mas já não estou implicando.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Semanas de moda.

Às vezes tenho a impressão que o Brasil é um país marcado pela síndrome do quase. Quase tão bom quanto poderia ser. Quando alguma coisa aqui se destaca e a gente pensa que isso vai virar um país de verdade, o movimento decai.

Vamos pular a parte de economia, política e estas coisas sérias que precisam de uma análise menos superficial. Elas são muito revoltantes, mas acho que enquanto povo brasileiro, merecemos o que elegemos e ponto. Sem paixões nem defesas.

Tudo isso pra falar da sensação de que parece que aqui tem-se muito medo de crescer e se destacar. É todo mundo indo na onda e desanimando na primeira pedra que aparece no caminho. E isso é em esporte (tênis), na ciência (brasileiro no espaço) e parece que também na moda. A moda brasileira parecia que ia explodir, mostrar a que veio, mas agora tá numa incerta. A polaridade Rio-SP que parecia animar a concorrência foi engolida e se tornou mais do mesmo. O Fashion Rio vem perdendo força criativa. Dos estilistas nacionais que fazem diferença, parece que são os mesmos de 10 temporadas atrás. E cadê a identidade que tanto falavam que precisava ser construída? Vamos lá marcas brasileiras, surpreendam. Provem que a resseção criativa foi um espelho da crise econômica e mostrem alguma euforia agora que o pior passou. To aqui esperando.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Aprendendo a se divertir com Nina Garcia

Hoje eu li na página Ilustrada da Folha de São Paulo online um trecho do livro da Nina Garcia, editora de moda da Marie Claire norte-americana e jurada do Project Runnaway. Pronto, agora preciso ler o livro inteiro.

Sobre biquinis ela escreveu:

...quando se tem sorte suficiente de estar à beira-mar ou à beira da piscina, a obsessão pelo corpo é o que há de menos estiloso no mundo.

Tá, não dá pra ser tão desapegada assim quando se está uns muitos kg acima do peso (meu caso), mas é uma coisa para se pensar. Quando a gente é obrigado a virar adulto e trabalhar pra pagar as contas, estes momentos acabam ficando muito raros que precisam ser melhor aproveitados. Tá, seu corpo não é o que você queria que fosse e seria mesmo muito bom mudar as coisas pra melhor. Mas será que a hora em que se coloca os pés na areia é o melhor momento pra pensar nisso? Esta não deveria ser a maior preocupação passando pelas nossas cabecinhas de pote quando o céu, o sol e o mar estão ali, reunidos, à nossa disposição.



Vou tentar incorporar esta atitude nos meus raros momentos à beira-mar e deixar a preocupação com o corpo (e o trabalho árduo que me espera) para os dias úteis. Boas férias pra quem ainda tem isso.

Eu na Loveteen.

Pois é, segure suas risadas, você que acha que estou velha demais pra esta revista. Colaborei numa matéria sobre beleza, com dicas de maquiagem, cabelo, alimentação e tudo o mais pra ficar mais bonitinha em 2010.


A capa é essa aí e a matéria fica na página 53.
É diferente escrever pra um veículo que tem editor chefe e tudo mais. No blog eu escrevo opinião pessoal e achismo. Na revista eu tenho que ser mais técnica. Mas também é divertido.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Qual é a sua idade?

Quem convive comigo deve estar cansado de escutar eu falando que neste ano eu vou fazer de tudo pra chegar aos 30 anos melhor que aos 20. Explico, faço 30 em dezembro. Falta um ano inteiro praticamente, mas a intenção é ter tempo para fazer tudo o que tem que ser feito: leia dieta e exercícios, principalmente.

Mas ontem uma amiga disse que precisa da minha ajuda para mudar o visual. Ela tem a minha idade e reclamou que está cansada de ser chamada de senhora. A minha ajuda seria para escolher roupas novas e dar a opinião quanto a cabelo e maquiagem. Fico feliz que ela tenha me escolhido pra dar palpites, mas ao mesmo tempo insegura.

Claro que cada caso é um caso, mas em regras gerais o que vejo que pode estar envelhecendo esta minha amiga são alguns detalhezinhos:

- Usar roupas em tons escuros e sóbrios, e em modelagem clássica demais. Tudo muito clássico e sóbrio pode até ser bem profissional, mas tira a luz da gente. Uma blusa ou camisa branca, por exemplo, continua na etiqueta profissional e ilumina.

- Falta de maquiagem. Depois que passa a adolescência e a gente começa a ter preocupações mais sérias na vida, as olheiras aparecem e envelhecem. Muita maquiagem envelhece, mas nenhuma também faz falta. Um corretivo nas olheiras, um rímel e um blush fazem milagres.

- Corte e cor de cabelo. Neste caso não é uma questão de estar ou não na moda, é de valorizar o rosto. Cada pessoa tem aquelas opções que remoçam ou envelhecem, vale a pena explorar isso melhor.

Eu, para parecer mais nova, preciso emagrecer uns bons quilos e sorrir mais. E você?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cor de verão. (Último post do outro blog)

Houve um tempo em que eu passava dias brincando no sol e era bem morena. Não me queimava por nada, usava protetor solar raramente. Isso quando o uso de protetor solar não era exatamente obrigatório e preocupação com envelhecimento precoce não existia. Pouco se falava de câncer de pele e todo mundo era muito bronzeado mesmo.

Mas o tempo passou, o sol parece que está cada vez mais forte, eu comecei a faculdade, passei a ir cada vez menos à praia e assumi um tom branco-quase-transparente. Mesmo muito branca é difícil eu ficar vermelha, mas acontece e eu me sinto uma idiota por deixar acontecer. Ontem eu fui com meu protetor 15, que é o que eu sempre usei. E aprendi algumas coisas:

- Fator 30 é o novo 15. Principalmente se você for no horário errado pra praia. Se for ficar mais de 2 horas. Se for ficar muito tempo com o braço pra fora na janela no trânsito parado na volta da praia. Se for branca como a neve ou muito morena descendente da Iara.
- Misturar protetores de marcas diferentes não é bom. Pode ser que não aconteça nada, mas ontem eu resolvi passar um protetor 30 de outra marca pra reforçar a proteção e na mesma hora minha pele começou a arder. Na dúvida não vou mais misturar.
- Não se iluda com a sensação refrescante da praia. A água fresca e a brisa fazem a gente achar que dá pra ficar mais um pouquinho, mas não dá. Pode ser uma delícia ficar lá, brincando na água, bebendo uma cerveja ou uma caipirinha, mas mesmo que o tempo esteja nublado, saia do alcance dos raios UVB antes que você vire um parente de lagosta.
- Devo levar uma camiseta que cubra os ombros. Porque aí você protege as áreas mais sensíveis ao sol com alguma coisa mais efetiva. Bom para o caso de você não poder voltar pra casa quando tiver atingido seu limite de sol. Prefira cores claras.

Queimei, e agora? Agora é hidratação, gel pós-sol e banhos frios com pouco sabão. Nada de sair no sol no dia seguinte ou enquanto a vermelhidão estiver lá. E vou apostar em um filtro solar mais eficiente na próxima vez. Estou procurando novas opções de filtro solar, muito tentada a escolher um destes aerosóis, que não melecam. Na verdade, to bem com vontade de comprar um que diz ser refrescante. Tenho amigas que fazem qualquer coisa para ficarem ultrabronzeadas e por isso, não usam filtro solar ou usam bronzeadores. Acho um erro grave, mas não posso fazer nada além de lembrar que uma pele flácida não vai ficar bonita mesmo bronzeada. E pele descascando também é horrível. Sim, é com você mesma que estou falando.

Ano novo de novo.

Queria entender esta minha constante vontade de começar. Um novo curso, uma nova etapa, um novo jeito de me vestir. Começar sem deixar o que era antes. Complicado. Porque também tenho muito medo de deixar pra trás. Mentira, tenho um friozinho na barriga, como se a mudança fosse uma nova aventura.

E todo este prelúdio pra quê?

Pra dizer que uma vez que meu endereço anterior de blog não quer mais brincar, resolvi começar outro aqui. Sem abandonar o título, que só faz sentido pra mim. Mudando o endereço, porque uma rusa ou coisa que o valha já usa o gabitsa. Será que consigo me desapegar no layout antigo? Por enquanto estamos aqui sem arquivos, numa tela meio que em branco. Vou pensando no que vou querer falar, uma vez que agora eu posso aproveitar a deixa pra simplesmente mudar. Ou deixar meio igual. Feliz Ano Novo, no blog novo.