quarta-feira, 31 de março de 2010

Dia 3 - Completamente fora da rotina.

Você se planeja, se organiza e aí vem um evento e detona tudo.
Ontem recebi um telefonema pra ir fazer uma entrevista hoje e isso mexeu com todo o cronograma milimétrico. Isso e as fortes dores de cabeça e musculares causadas pelo excesso de exercícios do primeiro dia. Apesar da imensa fome que sinto da hora em que acordo até a hora em que vou dormir, está tudo indo bem. A não ser pelo fato de eu ter me entupido de batata frita no almoço. Fazer o que? Continuar com a dieta, daqui pra frente.
Hoje me dei conta que meu guarda-roupa cheio não está bom pra mim. Meus jeans não me servem, não tenho uma calça preta básica e as camisetas estão curtas e/ou apertadas. Antes de sair jogando tudo pela janela resolvi me dar um tempo, pra dieta e os exercícios ao menos começarem a fazer efeito. O que não ficar bom até junho fica de castigo. O que não ficar bom até dezembro será jogado fora. Sem dó.

terça-feira, 30 de março de 2010

A de Aurélia

Vamos deixar a melancolia, os assuntos sérios e tudo o que é mais chatinho de lado. Hoje eu descobri a A de Aurélia, uma empresa que faz bordados finos, umas coisas super delicadas em linho, um luxo. E a versão Pichoun, que tem brinquedos infantis lindinhos. Pelo que entendi no blog, a proposta dos brinquedos é que a criança divida com os pais o momento de cozinhar. Enquanto a mãe faz um bolo, por exemplo, a criança participa e até pode assar um mini bolo em sua forminha. E nem me venha com discurso de escravização feminina na cozinha, que o saudosismo me deixou muito alegrinha. Lembrei das minhas próprias panelinhas, que não iam ao forno, mas também eram fofas.
O blog vale a visita: A de Aurélia Pichoun.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Dia 1 - parar de planejar e começar a executar.

Eu sou uma pessoa que faz muitos planos. Planinhos básicos, planões complexos. Muitos castelos de cartas que são derrubados antes mesmo de se terminar a torre. Penso em mil coisas, ponho as ideias no papel, faço cronogramas, tabelas, gráficos e listas. Tudo muito detalhado, com mil itens para marcar como feito. Isso dá muito prazer nos dois ou três primeiros dias, enquanto ainda consigo seguir o planejado. Mas depois deixo de cumprir um ou dois itens e logo abandono tudo e me rendo à frustração. É assim com todo mundo?
Hoje eu resolvi começar mais uma vez. Agora só falta fazer dar certo.

sábado, 27 de março de 2010

É tudo verdade.

Imagina-se que uma pessoa que estuda comunicação, em particular publicidade aprenda a não cair nas armadilhas que as empresas criam para vender mais. Espera-se que estas pessoas sejam mais fiéis a seus produtos preferidos e não se deixem levar por uma embalagem brilhante. Besteira grande.
Assumo. Eu compro por impulso quando vejo uma embalagem nova, mais bonita, que agrade meu senso estético. Eu assisto uma propaganda bem feita e depois fico com vontade de experimentar o novo sabão em pó, o novo chocolate, o novo batom ou a camiseta feita com um tecido que tem sei lá qual vantagem. Eu acredito em marketing, em propaganda e em encantamento, porque é isso que as marcas precisam fazer todos os dias: encantar pessoas para que elas queiram sentir a emoção de testar algo novo, de viver algo novo.
Com a moda é a mesma coisa. Eu quero roupas novas que me ajudem a construir uma imagem nova de mim mesma, mesmo que isso seja apenas mais do mesmo. Eu quero a sensação de vestir uma calça jeans que me traga a rebeldia hippie, e também quero a sensação de subir em saltos e ver o mundo por outro ângulo. É tudo ilusão, é tudo tão real. Às vezes penso se esta minha pseudo-esquizofrenia imaginária não poderia ser melhor trabalhada. Com arte, com literatura, com terapia. Deve haver alguma utilidade para tantos devaneios românticos, mesmo que eles sejam sobre embalagens de esmaltes. Por um lado, assumo que faço um pré-julgamento dos livros pela capa. Sim, parece fútil, mas aí eu me escondo em Oscar Wilde e digo que faço isso para não parecer tola.Por outro, perco um bocado de tempo tentando achar sentido onde muita gente vê apenas diversão. Procurar sentido em tudo tira uma parte da graça da vida. É tão mais fácil você simplesmente se divertir. Procurar sentido torna a vida um tanto melancólica, mas às vezes a gente encontra o tal do sentido e neste momento, diversão é coisa pouca.
Ainda assim, com tantas dúvidas e nenhuma resposta acho que não poderia haver outro caminho para mim que não a publicidade. Por me deixar ser fútil e pensar em questões filosóficas. Parece que este é, de fato, o meu caminho.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Aos poucos.

O caos ainda impera por aqui, mas a gente precisa se encontrar no meio de tantas dúvidas e alternativas. Por onde começar? Eu tenho vontade de fazer um caminho meio que inverso, de fora pra dentro, mudando o que aparento para que isso force uma mudança interna. Tipo vestir um personagem. Usar mais saia, mais maquiagem e pentear os cabelos com mais cuidado para me forçar a me comportar como uma lady. A partir daí comer menos e controlar melhor o linguajar. Será que funciona? Tenho medo de me tornar uma caricatura, um ser extra-terrestre, um surto esquizofrênico. Mas será que isso não ajudaria a me encontrar, a encontrar um estilo próprio?
Esta coisa do estilo próprio é bem complexa. Porque quando a gente acha que encontrou o próprio estilo às vezes percebe que encontrou apenas a revista preferida na banca mais próxima. Eu gosto? Fica bem pra mim? É adequado para meu trabalho? Me define enquanto pessoa? Exageros a parte, encontrar um estilo próprio é um trabalho constante e incessante, porque estilo é uma coisa mutável, flexível e adaptável. Todos mudamos o tempo todo, é até natural que o estilo também mude. Isso sem contar as coisas que são impostas pela vida, a necessidade de usar galochas no verão paulista ou de se render às rasteirinhas no Rio de Janeiro. Ou a exclusão de saias do guarda roupas de meninas que trabalham com construção civil e a imposição de terninhos e roupas mais sociais para as advogadas. Todo mundo tem que se adaptar e marcar um re-encontro com o próprio estilo quando uma situação destas surge na vida.
Confesso que alterno (poucos) dias super inspirados que tenho orgulho do que vejo no espelho com dias de cansaço e preguiça, que só não boicotam o filtro solar no rosto. Períodos de cuidados intensivos nos cabelos com fases de faixas ou elásticos.
Agora? Nem é preciso pensar muito. Estou em transição. Pensando de onde vim e para onde vou. O que vou querer vestir daqui pra frente? Não sei. Mas já começo a imaginar o corpo sobre o qual eu vou querer trabalhar meu próximo estilo. E esta vai ser minha primeira mudança.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Derrubar o que está ruim para construir algo melhor.

Outro dia fiz um desabafo sobre não aguentar mais uma situação. Depois de muito choro, de muito pensar, tomei uma decisão e agora estou lidando com isso. É difícil decidir, mas é muito mais difícil não decidir nada. E uma vez que já comecei a reforma na minha vida, porque não mexer em outros setores? Aproveitar o embalo e transformar minha relação com a comilança também? É uma luta árdua, na qual já sofri várias derrotas, mas é uma luta possível. Não depende de dinheiro (que eu não tenho no momento) nem de outras pessoas, só de mim.
E também, porque não aproveitar este momento de reestruturação para enfim arrumar minha casa, colocar cada coisa em seu lugar? Jogar fora o que precisa se jogado e deixar a mão o que ficar. São tantas possibilidades que é realmente uma grande perda de tempo eu ficar me lamentando pelas decisões que tomei.
Post confuso? Sim, tão confuso quanto minha cabecinha oca tentando dar sentido aos meus dias. Mas daqui a pouco a ordem organiza o caos e a gente volta a se entender com o universo.

domingo, 21 de março de 2010

Tá difícil decidir?

Existem momentos-chave na vida das pessoas que já são complicados por si. Uma prova difícil, ser júri em um julgamento, visitar uma amiga que acabou de perder o namorado ou pedir demissão, por exemplo. Aí você ter que pensar no que vestir em um destes dias é um pesadelo. Porque sua cabeça está ocupada com outras preocupações. Porque não é porque você está passando por um momento difícil que seu guarda-roupas vai automaticamente ser legal com você e oferecer peças que sirvam bem. Porque pegar a primeira coisa que pula na sua mão não é uma boa ideia. Esta semana pedi demissão. Foi um momento muito tenso e eu estava mal vestida. Me sentia desconfortável. Nada que me ajudasse. Minha vontade era de sair correndo e me esconder no primeiro buraco que abrisse na minha frente. Não faça isso com a sua vida. Vista-se bem e esteja com todo seu autocontrole quando precisar enfrentar uma situação mais complexa.
Não sei como as pessoas mais tarimbadas fazem isso e é uma das coisas que preciso aprender. De nada adianta se esmerar pra estar apresentável se quando chega um momento importante sua roupa denuncia que estar bem-vestida é só um banho de porcelana sobre o barro bruto. Calma na cabeça e cuidado na escolha.

terça-feira, 16 de março de 2010

Sabe quando cansa?

Quando não dá mais e você se sente sufocada. Quando você se prende a uma situação ruim por um único motivo. Quando lá no fundo você sente uma vontade de confiar na intuição e fazer algo aparentemente imprudente. É isso.

domingo, 14 de março de 2010

Momento culinário

Sabe quando sobra um monte de coisa e a gente não sabe o que fazer e acaba inventando uma receita gostosa? Não é o caso de hoje. Fiz uma receita que tinha vontade há tempos. Risoto de queijo brie. Deixei de pão-durisse e comprei o arroz certo, faz diferença. Nem comprei dos mais caros, algumas marcas nacionais tem o arroz arbóreo a um preço decente, é só procurar. Não usei um vinho branco de excelente qualidade, usei o vinho branco mais barato que achei no mercado, Claude Troigrois disse no Larica Total que funciona, e é verdade. E por fim, não tinha hortelã e usei manjericão fresco no lugar. Ficou ótimo. Segue a receita, tirada do site da Folha.


Risoto de brie e hortelã
Calorias: 377 por porção *
Ingredientes
(para quatro pessoas)
- 2 e 1/2 xícaras (chá) de arroz arbóreo
- 1 e 1/2 xícara (chá) de queijo brie
- 15 folhinhas de hortelã
- 2 xícaras (chá) de vinho branco seco de boa qualidade
- 2 colheres (sopa) de manteiga de boa qualidade
- 2 colheres (sopa) de queijo parmesão "parmegiano regiano" ou "grana padano"
- 2 colheres (sopa) de cebola picada
- 4 xícaras (chá) de caldo de legumes
Passo a passo
1 - Em uma panela, coloque uma colher de manteiga, adicione a cebola e deixe dourar.
2 - Acrescente o arroz, refogue e adicione o vinho.
3 - Depois que evaporar, coloque uma concha de caldo de legumes e deixe reduzir, mexendo sempre. Repita a operação até acabar o caldo.
4 - Acrescente o queijo brie e, se o risoto ainda não estiver no ponto, adicione, aos poucos, água fervente.
5 - Quando o arroz estiver al dente, jogue as folhas de hortelã, acrescente o restante da manteiga e o queijo parmesão.
6 - Mexa e deixe descansar por dois minutos com a panela tampada. Mexa novamente e sirva a seguir.
Receita do chef Permínio Fonseca dos Santos, do restaurante Rodin (tel. 0/xx/11/3064-0959) * Valor nutricional calculado pela RG Nutri.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Man, I feel like a woman.

Hermès apresentou um desfile que eu gostei. Os looks me lembraram a Shania no clip em que ela vai tirando a roupa meio masculina e fica de corpete. Mulherzinha feelings. Tem cartola, tem gravata, cores sóbrias e tudo.
Não disse? Tem uma pegada fetichista com muito preto e couro. A produção toda fica difícil de usar pra quem tem peito grande, cria uns volumes que acabam com a estética da coisa, mas é uma boa inspiração.
Este aqui é mais fácil de usar. Gostei bastante.
Acho difícil sair de meia calça laranjão por aí, mas achei que esta combinação tá tão dentro do das cores que eu associo à marca que merecia ser lembrada. Tirando a meia, achei que o laranja aquece o marrom e fica bacana. Difícil de usar, mas divertido.

E o chewbaquismo continua.

Cocó.

No geral, achei que faltou o Valentino neste desfile da Valentino. Não que seja uma coleção horrorosa, só não acho que tenha gramú o suficiente. Mas isso as editoras de moda que sabem dizer.

Agora, não consigo entender este casaco que é uma fantasia de galinha. Eu ia falar mais uma vez da tendência chewbaquiana, que já vimos em Chanel, mas o casaco cocó mereceu um nome só dele. E, neste momento, Valentino tá indo reforçar o bronzeado para superar este trauma.

terça-feira, 9 de março de 2010

Era do gelo.

Toda semana de moda parisiense eu faço questão de ver o que Karl andou aprontando. Porque a marca é um clássico que se renova sempre, mesmo sem a mademoiselle. O alemão apesar de suas frases infelizes entende do assunto. E ele prevê um frio digno do filme O dia depois de amanhã. Muita lã, muito pêlo (deve ser fake, pelo menos em cara de ser fake).
Ainda não assimilei o look Chewbaca.
Nem a coisa com tecido de estofado de sofá de casa da vó.

Enfim, ainda estou assimilando. Karl, acho que você tá abusando demais dos moderadores de apetite e da magreza, por isso sente tanto frio assim.

segunda-feira, 8 de março de 2010

And the Oscar goes to...

Nem falam mais esta frase né? Agora é só "the winner is..."
Mas não é isso que faz a alegria das pessoas no tapete vermelho. Não achei nada absolutamente deslumbrante, nada que eu precise muito pra alguma ocasião. O que eu vi foi muito friz, muito cabelo que era pra estar um bagunçadinho estiloso mas ficou lavadeira style por conta da falta de acabamento.
Se por um lado isso fica estranho no vídeo e nas fotos, por outro traz uma sensação de vida real. Alguma coisa que lembre que não existe total perfeição sem muito trabalho. Que ninguém nasce ultra-mega.
 
No caso da SJP, também não gostei do vestido, é estranho. Assim como o vestido, o cabelo tinha tudo pra ser lindo, mas não aconteceu.

Para ser excessão à regra, Sandra Bulock. Levou o Oscar de melhor atriz e parece que não sofreu com o friz. Cabelão solto e comportado, com brilho e no lugar.

Na transmissão da TNT a mulher falou que a maquiagem estava muito carregada, nem achei. Gostei do batom rosa e queria que Sandra fosse minha amiga de infância, mesmo sabendo que ela quase tem idade pra ser minha mãe, então não rola compartilhar memórias da pré-escola.

Gostei de Meryl, minha ídola, e Hellen Mirren que é diva e linda e não tenta parecer adolescente. Desta vez Cameron Diaz penteou os cabelos e estava bem. Nicole Richie estava com uma maquiagem bem diferente e bonita e mais um monte de blá, blá, blá que você pode conferir em muitos blogs. Sugestões: Fashionismo e Dia de Beauté.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sabe quando você tem uma super ideia?

E fica empolgado, comenta com os amigos e acha que acabou de inventar uma super novidade?

Eu cismei que queria um esmalte amarelo claro. Pra facilitar, eu peguei um PANTONE e mostrei o tom que eu queria. Pra quem não sabe, o PANTONE é uma escala de cores que é bem usada em agências de publicidade e design para garantir a fidelidade das cores. Enfim, escolhi o meu amarelinho, a diretora de arte aqui da agência misturou alguns esmaltes até chegar na cor e pintei minhas unhas.
Quando contei pro meu marido, ele perguntou porque a gente não fazia uma linha de esmaltes em que as cores fossem nomeadas pelos códigos do PANTONE. Cheguei no trabalho e contei pra diretora de arte. Começamos a fazer mil planos até que...
 
...até que descobri que outra pessoa já tivera a mesma ideia. No mesmo dia em queeu comecei a planejar dominar o mundo com esmaltes PANTONE, o site The Dieline publicou o trabalho acima. O pior, a autora do trabalho é daqui de São Paulo. Ou seja, mesmo eu tendo pensado nisso antes de ver o site, não importa mais. Agora é torcer pra que a PANTONE compre a ideia e em breve a gente tenha esmates e maquiagens lindinhos assim.