terça-feira, 23 de novembro de 2010

Perfumes dourados

Acho que os comerciais de perfumes chegam a ser indecifráveis às vezes, mas em outras até fico com vontade de sentir o perfume e ver se ele inspira aquela atitude toda ali.

Três me chamaram a atenção, os 3 bem trabalhados no dourado. O primeiro é o 212 VIP, de Carolina Herrera. A franquia 212 é poderosa, o perfume é realmente delicioso, tem muitos seguidores fiéis e uma versão com ar de exclusividade me deixou curiosa. Ainda não sei se é tudo isso, alguém já experimentou?


O segundo é o Lady Million, de Paco Rabanne. Ele veio na cola do masculino One Million e propaganda segue a mesma linha abusada, mas com um pouco mais de humor. Parece que o cara do One Million se leva a sério para ter tudo o que quer e que a mulher do Lady Million se diverte com tudo isso. Foi proposital? Não sei, mas é a impressão que eu tenho. Experimentei na loja e não consegui fechar uma opinião sobre ele. Tem um cheiro meio vovó, mas não experimentei na pele pra saber se rola uma química maravilhosa e a coisa muda.
E o último é o Gucci Guilty. A propaganda é uma coisa pop, com tudo meio cinza e o cabelo loiro-amarelão da personagem culpada. Não senti o cheiro ainda, mas imagino que deva ser uma coisa toda doce.
Por enquanto é isso. Mais sugestões de perfumes douradões?

Todos os perfumes estão a venda na Sacks, de onde eu peguei as fotos...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fast mais Fashion?

Toda esta coisa de coleções de marcas fashion nas redes de moda pra consumo imediato ainda não me fez sair enlouquecida às 4h da manhã pra entrar na fila à espera de uma roupa que vá mudar minha vida. Porque não vai.

Tentei me manter imparcial e tal, mas vamos em busca da sinceridade, as peças que saem nestas coleções entrariam no portfólio das redes de fast fashion de qualquer forma, porque fazem parte do desejo dos consumidores e nenhuma loja perderia a chance de vendê-las. Com ou sem a etiqueta do estilista que dê aquele star-up bonito pro shape. 

Acho que é mais honesto com os estilistas colocar o nome deles na coleção, assim eles ganham algumas coisa com a massificação das formas que eles pesquisaram e trabalharam, talvez exaustivamente. Mas e pro consumidor?

Pro consumidor fica a aura de roupa grifada por uma pechincha. Mas aqui rola uma ilusão gigantesca, porque tecidos, acabamentos e aviamentos não seguem o padrão das grifes. Da modelagem acho suspeito falar, porque sem ajustes nenhuma modelagem serve bem em todo mundo, mesmo que seja todo mundo de um mesmo manequim. Então acho que não cabe entrar num debate sobre qualidade da modelagem.

A fórmula deve vender bem, todas as grandes redes estão investindo nelas. Lá fora a bola da vez é a linha Lanvin para H&M. Aí quAlber Elbaz vai fazer um desfile da coleção - customizando todas as peças. Ou seja, as peças do desfile serão Lanvin, as outras são apenas H&M com um selinho.

No Brasil a C&A tá investindo na fórmula e vou falar que pelas fotos as roupas Maria Bonita Extra parecem muito usáveis e bonitinhas. Mas já li reclamação quanto a qualidade do forro, do tecido, da costura, da modelagem...


A Riachuelo lançou a linha Rio de Janeiro por Oskar Metsavaht, e o maior comentário por enquanto é sobre a dificuldade de encontrar esta coleção em todas as lojas. Pelas fotos, que são lindas, a coleção parece bem usável e fácil de vender.



Vontade de comprar bate. Mas decepção também rola às vezes. Ou seja, divirta-se e só compre se gostar e for usar mesmo, como deve ser sempre.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Vermelho na moda.

Desde que Hollywood redescobriu a mágica de fazer dinheiro apelando para as fábulas, a moda redescobriu a mágica de apelar para o cinema para impulsionar suas vendas. A história da vez é a Chapeuzinho Vermelho, e como está em voga, será contada na versão sombria e adulta e não na forma fofinha com uma criança gordinha.
Já posso imaginar estilistas fazendo capas vermelhas, capuzes e formas camponesas. Também posso imaginar pingentes, pulseirinhas e maquiagem. Em breve tudo estará à venda, aproveitando o hype do filme.



Amanda Seyfried será a personagem título e isso também vai ajudar nas vendas. Ela deve conseguir alguns contratos de publicidade na moda. Gosto, não gosto, não sei se vou ficar com raiva da história. A diretora deste filme foi responsável pelo Crepúsculo, que não assisti de tanta crítica ruim que escutei. Esperar pra ver o que vai ser de Chapeuzinho e seus reflexos na moda.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

No próximo aniversário.

Acho que há uns três anos venho falando que minha meta era chegar aos trinta melhor do que cheguei aos vinte. No aniversário de 29 anos até parecia que eu ia conseguir. Tinha emagrecido um pouco, cortado o cabelo e me sentia ótima. Mas percebi que a coisa não andou como eu esperava.

Sabe, minhas amigas entraram em parafuso com a chegada da década balzaca. Muita filosofia para mim. Meu problema não com isso, meu problema é com as metas que eu nunca consigo alcançar. As metas de emagrecer e cuidar deste meu lado mulherzinha.

Acho que comecei a fazer dieta quando tinha uns 13 anos. Eu era mais alta que minha amigas e já tinha corpo. Pra mim isso se traduziu em preciso emagrecer. Então eu comecei a fazer dieta e a engordar. Porque com as dietas veio a compulsão. Dias de fome alternados com dias de descontrole.

Também vieram as metas impossíveis com data marcada.A formatura do colegial com uma cintura de 60 cm, o próximo verão, a festa na piscina sem celulite, meu casamento, a formatura da faculdade, mais um verão e etc. E sabe o que é pior? Não funcionou. Não tive a felicidade de alcançar nenhuma destas metas e nos intervalos a coisa foi ficando pior. Engordei a cada meta não alcançada. Perdi o condicionamento físico e a elasticidade. Me senti péssima a cada foto. E agora vejo mais uma data limite em que nada vai acontecer.

Estou pensando se, à minha maneira, não estou surtando com o aniversário igual as minhas amigas. Mas na sinceridade, acho que não. Comecei a fazer dieta aos 13 anos e desde então me lembro de me lamentar por nunca conseguir chegar a resultado algum com isso. Mas quem sabe no próximo verão. Quem sabe consigo alguma coisa até o carnaval. Quem sabe amanhã não acordo emagrecida?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cada povo tem o governante que merece

Garantindo votos a partir da popularidade do Lula, da máquina do Estado e da grande distribuição de renda, ou esmola dependendo do ponto de vista, Dilma se elegeu.
Confesso que não votei nela, porque principalmente para presidente, eu ainda prefiro votar em pessoas com experiência. Porque o Palocci era o coordenador da campanha. Porque não gosto do sentimento de máfia que o PT passa. Mas isso é opinião e cada um tem a sua. Proposta de governo não é opinião, e eu acho que o assistencialismo que vem do governo Lula é falho a longo prazo. A dúvida é a clássica, até quando os brasileiros vão precisar do bolsa-família? O problema não é isso existir, é isso existir sozinho, sem incentivo à volta ao mercado de trabalho e geração de renda.
Confesso que se fosse só pelo marketing, tinha votado nela. As propagandas estavam lindas, bem produzidas, modernas. Quer dizer, nem tudo era ótimo, porque o discurso às vezes era bem fraco, mas isso é uma questão de público-alvo e sei que eu não era público-alvo deles.
Mas as últimas semanas foram infernais. Petistas e Tucanos se atacando, às vezes através de mídias pretensamente imparciais, como se fossem 2 torcidas organizadas. Pensei que ia parar com o resultado, mas quem ganha sempre quer espezinhar um pouco mais e quem perde começa a jogar praga, deprimente. Muitos amigos entraram nesta onda, defendendo e atacando, Dilma ou Serra, com uns argumentos xenófobos, retrógrados, bizarros.
No final das contas estaremos todos sob a tutela do mesmo presidente, da mesma presidente. E não só. No primeiro turno votamos em deputados, senadores e governadores que influem mais na coisa toda do que a gente tende a perceber. Quanta gente votou ao acaso, alegando protesto. Quanta gente votou no número do papelzinho que entregaram no meio do caminho para a votação. Quanta gente já se esqueceu em quem votou?
Dilma pode ou não roubar, mas na sinceridade, a preocupação quanto a isso tinha que ser muito maior na hora de escolher deputado e senador. O volume grande de roubalheira tá ali. Quem espera uma revolução deveria entender que se isso não interessa à elite, não vai acontecer. Quem é fatalista e espera que o Brasil se acabe antes do final de janeiro de 2011, não é assim que funciona. Ninguém governa sozinho e mesmo que a ideia seja roubar, o lucro é maior se a economia estiver bem. E isso não ia mudar se o resultado da eleição fosse outro.

Na sinceridade, espero ser surpreendida. Tem tanta coisa que precisa mudar. Adoraria ter a grata surpresa de ver as coisas mudando. Salários mais altos, serviços públicos funcionando, violência diminuindo, impostos fazendo sentido. Mas isso é coisa pra voltar a pensar daqui um, dois anos.