terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os personagens mudam, a história se repete.

Passou inferno astral, passou aniversário e nada de eu escrever. Pois é, às vezes falta inspiração e vontade. Mas acontece que venho reparando num movimento de ateus (de verdade ou não, pouco se me dá) de se vitimizar. Segura Brasil.

Antes de começar a me julgar, você ateu, leia tudo. Quer ser ateu, não me importo, isso não me incomoda em nada. Concordo que os evangélicos estão num movimento forte de catequização (ainda que esse termo seja católico, acho bem aplicável aqui). Não só os evangélicos, mas estes com maior força, tentam fazer você concordar com uma ideia muitas vezes absurda porque alguém fez lavagem cerebral neles e eles compraram a história. Enfim, bom pra você que não acredita em qualquer fábula. Mas sério, não precisa se fazer de vítima ou retrucar no mesmo tom, tentando ostentar um orgulho ateu.

Acredito em Deus, seja lá o que for. Pois é, minha mente humana e falha prefere acreditar em algo maior e maravilhoso. De qualquer forma, me recuso a aceitar os dogmas padrões, acho que tem muita mentira contada no meio do caminho. E por isso mesmo, já tentaram me converter. Já me indicaram sessão de descarrego, já gritaram muito comigo pra ver se eu concordava. Não adiantou.

A patrulha não é exclusividade, de modo que eu não acho que os ateus devam se colocar no lugar de vítimas. Afinal, só mudou o alvo, a lógica da coisa toda continua a mesma.

Agora você, amigo católico, evangélico, ultrarreligioso de qualquer espécie. Eu sei que tem aquela coisa toda de leva a palavra, não negar Jesus e tudo. Mas vamos semear em campo fértil, respeitar as diferenças e lembrar que, qualquer que seja a verdade, no final das contas ela vai valer pra todo mundo. Ou você acha que humilhar alguém publicamente em nome de Jesus é uma coisa boa? Ou você concorda com o fanatismo religioso e as guerras religiosas? Acho que não, então não comece uma no seu trabalho, na sua rua ou na sua timeline.

Pois é, já foram os índios sem alma, os judeus que mandaram matar Jesus, as bruxas....sempre a mesma coisa. Se você está sendo criticado pelo que acredita, aproveite que a sociedade mudou, que existe o tal doeEstado de direito (ainda que falho) e reaja de um jeito diferente. Menos mimimi, mais exemplo de porque você é uma boa pessoa independente da sua opção.

No final das contas, todo mundo é discriminado por algum motivo. Gordos, mulheres, pobres, ricos, todo mundo acaba sendo discriminado pelo que é ou deixa de ser em algum momento. Ou mesmo pelo que não é, mas outras pessoas acham que seja.

Enfim, concorde ou não, essa meio que é minha opinião. Por enquanto.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O tal do mais do mesmo.

Não, eu não deveria reclamar. Afinal, eu entendo a engrenagem das coisas e sei que é assim mesmo que elas funcionam. Não, o público não está preparado para grandes rupturas e a publicidade não é lugar para agir por impulso artístico.

Mas acontece que eu canso rápido das coisas repetitivas. Uma coisa é rotina. A rotina é um lance legal, ajuda você a se situar. Outra coisa é reinventar a roda. Por que repetir o que já foi feito? Por que não dar espaço a uma criação mais ousada e divertida, talvez lúdica? A resposta fácil é: porque o público não vai entender.

Não sei se concordo com isso. Todas as embalagens de produto com óleo de argan precisam repetir o turquesa+laranja? Todos os anúncios de absorvente precisam de mulheres com roupas claras?

Essa imposição de seguir o padrão às vezes já vem no briefing e é frustrante. Será que não existem caminhos criativos eficientes fugindo das fórmulas consagradas? Na última semana conheci um novo Fast Food, que se diz não tão fast assim. O h3, hamburgology, é uma rede portuguesa que serve hambúrguer no prato, com um preço bem justo e sabor. Não tem vermelho e amarelo na sua fachada. Ela se destaca por ser bem azul. Chama atenção na praça de alimentação. Mas sugerir azul claro para a comunicação de uma hamburgueria pode parecer até herege.  Então escolhi essa rede pra ser o meu teste particular de fugir da regra e ver se o público entende.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Enquanto o aniversário não chega

Todo mundo só pensa em Natal, mas para quem nasceu em dezembro, o aniversário é a prioridade. Impossível fugir da tendência a pensar e repensar a vida nos últimos 12 meses. O balanço geral já começou e até dia 16 vou chegar a alguma conclusão. Ou não.

Porque a primeira coisa a se pensar é essa necessidade de fazer um balanço e chegar a uma conclusão. Precisa ser no aniversário, no ano novo? Também porque minha única vontade verdadeira no momento é tirar férias. Fazer nada.

Então hoje é dia de pensar no ócio. Sonhar com férias e ficar feliz porque afinal elas virão. Em parcelas, um pouco em dezembro, um pouco em março. Em dezembro será para ficar em família, curtir as festas. Em março, conhecer o mundo e me perder em um lugar novo.



Tudo bem que as férias não serão todas neste ano, mas como elas serão patrocinadas pelo dinheiro que ganhamos este ano, entram aqui como uma conquista a ser comemorada depois de muito tempo. Porque há mais de 3 anos, não trabalhar significava apenas estar desempregada e desta vez, significará um descanso merecido e a realização de um sonho.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Loucura

Ainda na minha fase de querer ser redatora/roteirista de filmes de perfume, uma breve nota sobre o Madly, Kenzo. Assim que assisti pensei "Nossa, esse perfume deve ser realmente uma loucura, me passa uma sensação meio paz e amor." Talvez pelo fato da propaganda passar em todos os intervalos comerciais de TV a cabo, às vezes uma após a outra, começou a despertar curiosidades. Uma delas, que música é essa?



Na verdade quem ficou realmente curioso foi meu marido, que foi no youtube ver qual era da música. Minha curiosidade fica no quesito cheiro do perfume. Enfim, ontem ele achou o clipe da música original e vou te falar, é muito divertido (Além de fazer o comercial não parecer tão psicodélico assim).



Divirta-se. Agora é correr até uma loja e experimentar o perfume pra saber se combina com tudo isso. De qualquer forma, a sensação de liberdade que o comercial passa é uma coisa que todo mundo quer, se libertar da tristeza, das obrigações, sair de um inverno oprimente para uma primavera libertadora. Ou não?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Inferno Astral

Mais uma vez entro naquela fase que o povo chama de inferno astral sem querer dar muita atenção. Eu, apesar da tendência à melancolia, sou uma pessoa positiva. Eu acredito na humanidade, na bondade das pessoas, nas boas intenções e acho que não faz o menor sentido ter um mês de dias ruins para cada pessoa chegar no aniversário e falar "sobrevivi".
Vamos dizer que esses dias não têm sido os melhores da minha vida. Têm sido como a média, em que me preocupo com dinheiro, sofro pra receber os frilas, quero eliminar algumas pessoas da face da Terra e por aí vai. Igual.
Acho que a proximidade do aniversário deixa as pessoas mais sensíveis. Carentes, talvez. Cria-se toda uma expectativa de que é uma época especial, enquanto na verdade especial não existe. Aí vem a decepção. E todas chora.
Meu aniversário é em dezembro, época boa pra se viver um inferno astral. Em dezembro todo mundo tá ansioso pelas festas, pelo descanso, pelas férias (quem me dera). Todo mundo tá meio sem paciência, apesar das músicas de Natal. Todo mundo tem que bater as metas anuais e comprar presente até pra quem não gosta, por causa da tal de social.
Então, já que o clima não ajuda, eu vou pular a parte do inferno astral. Vou focar no balanço do último ano, muito positivo por sinal.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Uma pausa para os comerciais

Chove lá fora e aqui faz um friozinho de leve. Refrescou. Último dia do feriado, eu com um texto difícil de sair, com a certeza de que fiz muito menos do que deveria ter feito, de que dormi e enrolei muito mais do que havia prometido.

Em meu coração indago se devo ou não seguir a tradição do bolo de chocolate nos dias de preguiça chuvosa. Tenho um texto pra fazer, costura pra terminar, cabelo para lavar e só penso em comer um bolo de chocolate feito com Coca-Cola. Bolo de chocolate nem é o meu preferido, do fundo do coração meu amor é para o singelo bolo de laranja quentinho, acompanhado de um cafezinho delícia.

Minha endócrino também não ia gostar nada dessa história de bolo de chocolate no dia chuvoso, e é claro que não vou contar o detalhe, ela vai apenas intuir no resultado na balança mesmo. Outro contra é que no final das contas eu precisaria parar o que estou fazendo - ou pretendendo fazer - pra ir lá buscar ingredientes, bater o bolo, lavar a louça. Mais uma vez o pecado da preguiça vai me impedir de cometer o pecado da gula?

Gosto de chuva, não me entendam mal. A chuva acaba com minhas piores enxaquecas e me ajuda a respirar melhor. E quando tá quente, muito quente, e vem aquela superchuva de verão - sem raios - adoro deixar molhar. Mas dias seguidos de tempo nublado e chuva incessante me deixam deprimida. É a cor cinza, a sensação de que os séculos passarão sem que você possa sair de casa e o cheiro de mofo que vai dominar tudo. É essa sensação de chuva de castigo que deprime.

Ficar escrevendo no blog também não vai resolver meus problemas, terminar meus trabalhos e hobbies. Então, bom restinho de feriado pra quem arranjou alguma coisa mais interessante pra fazer ou tem a sorte de um sol aquecendo lá fora.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Identidade

Uma das temáticas mais constantes ultimamente entre minhas amigas é a tal da maternidade. As que têm filhos, as que querem ter logo, as que têm medo e sofrem pressão. Eu confesso que minha tendência é adiar a história toda porque eu nunca sonhei em ser mãe e essas coisas. Não tenho nenhum problema com crianças, acho que elas são lindas, fofas e tudo o mais. Tenho jeito pra pegar bebezinhos recém-nascido e tudo. Mas não tenho vontade. e como o maridão também não tá com pressa, a vida continua sem babys.

Mas tenho amigas que já têm seu(s) filho(s). E é sobre elas(pode ser você?) que quero escrever hoje.

Como pessoa que vê as coisas do lado de fora, eu comecei a perceber alguns padrões. Saber a cotação do pacote de fraldas descartáveis, ter galões e galões de álcool antiséptico, andar com uma fralda ou toalhinha sobre os ombros e outras semelhantes que são consequências imediatas e práticas da maternidade. Mas tem uma que me assusta muito: a perda de identidade.

A perda da identidade é um fenômeno que dá um certo medo (em mim). Acho que os pais são programados biologicamente para acharem que seu bebê é o mais lindo ever, e parte do meu defeito de fábrica é não achar que todos os bebês do mundo são automaticamente lindos. Até aí, tudo bem.

Nunca fui mãe, posso ser atingida por esse fenômeno e ficar forçando o mundo a concordar que nunca viram uma criança tão maravilhosa. Pode acontecer e isso não é o que me preocupa. O que me preocupa realmente é a mãe se tornar a criança. Pode ser outro processo biológico, mas caramba. Você é você e seu filho é outra pessoa. A foto na rede social deve ser sua. Quando você for falar alguma coisa pra alguém, fale por você. Nada de nós queremos, nós desejamos. A criança não vai desejar felicidades no casamento pra ninguém, ela ainda nem sabe o que é casamento.

Sim, eu sou exagerada. E sim, falo isso sem ter tido filho e sem poder afirmar que nunca serei acometida dessa falta de tino.

Ah, esse fenômeno todo não é visto só com pais e mães de bebês humanos. Alguns amigos têm o mesmo comportamento em relação a  seus animais de estimação. Outros a sobrinhos e afilhados. Outros a suas fotos no Instagram.

Confesso que conheço mães maravilhosas que falam dos filhotes maravilhosos na medida exata, sem exagerar na pieguice, sem declamar por horas sobre como é lindo o cocô cor de chocolate dele. E são elas que marcam o contraponto pra eu achar que as outras estão ligeiramente (ou totalmente) fora de si.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Hello there!

Something happened in this blog, but I don't know what. Statistics don't lie? I don't think so.

If you come here and did not undertand a word, its cause I don't know why you came.

Or something like this.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Deixar pra trás.

Hoje, depois de me angustiar e ficar cansada de me preocupar com coisas aleatórias, resolvi que tem um monte de coisa que eu simplesmente quero deixar pra trás. A verdade é que eu já me desgastei demais por coisas pequenas, amizades pequenas, pequenos dinheiros que, no final das contas, cobram muito de mim.

Então é isso.

domingo, 30 de outubro de 2011

Mais sobre o vestido azul...

Apesar de ter problemas em organizar festa pra mim, adoro ir a festas dos outros. Todo o ritual de pensar vestido, maquiagem, sapato e detalhes me fascina.Há pouco tempo fui convidada para ser madrinha de casamente e, apesar da data ser para daqui um ano, já estou pensando nos detalhes. Não é uma coisa que ocupe meus dias, mas é uma diversão para quando não tenho o que fazer.

Primeiro passo foi escolher a cor do vestido. Vermelho eu já usei demais. Ver esmeralda eu usei na última vez que fui madrinha. Preto não pode. EU já sou muito pálida para usar tons claros. Decidi que quero azul. Alguma coisa entre marinho e cobalto. Preciso de tons fortes. Para ter certeza de que a cor cairia bem e buscar inspirações, nada como ver o que as celebridades usam nos tapetes vermelhos da vida. Fui direto nas minhas referências, atrizes morenas de pele clara. Salma, Anne, Rachel, Penelope...











Vendo esta foto lembrei de Lea Michelle. Que eu me lembre ela usa muito azul escuro nos tapetes vermelhos da vida, e maquiagens lindas acompanhando. Sim, ela adora um drama, muito mais do que eu sou capaz de absorver, mas a ideia é se inspirar e não ser literal.



Pronto, cor escolhida. A seguir, cenas do próximo capítulo. Ah sim, pelo que consta, o vestido da noiva já foi escolhido e reservado, então ninguém pode falar que eu to mais preocupada com roupa que a noiva.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Entre a vontade e a realidade

Vou te contar que ontem eu fui na academia, na hora do almoço, ver se dá certo o planinho de malhar aqui perto do trabalho.
É tudo cronometrado. 6 minuto pra chegar na academia, 5 minutos para trocar de roupa, 5 minutos de alongamento, 30 minutos de exercício...e é aí que a coisa começa a desandar realmente. Porque quando começo a me empolgar acabou. Aí tenho 5 minutos de alongamento e que tomar banho pra voltar pro trabalho. meu tempo médio de banho é 12 minutos, principalmente se for lavar o cabelo. Contando que eu ainda levo 6 minutos para voltar ao trabalho e que nesse tempo eu não almocei, mas meu horário de almoço já acabou, acho que é mais um plano infalível que vejo dar errado.


De volta à prancheta.

domingo, 23 de outubro de 2011

Fragilidade

É meio óbvio, todo mundo tem um ponto fraco (ou muitos). O que acaba falando se uma pessoa é forte ou fraca, acaba sendo a forma de lidar com isso.
No visual, muitas vezes associamos fragilidade a cores pasteis e elementos assumidamente femininos. Flores, rendas, transparências e babados. Doce, delicado, etéreo, frágil. Mas fala sério, existe pessoa mais frágil que aquela que só usa preto porque é mais prático ou porque acha que emagrece? Ou aquela que se esconde num estereótipo de rebelde pra criar uma casca? Ou ainda aquela que exagera em tudo: cores, brilhos, decotes, saia ultracurta pra encorporar a femme fatale enquanto esconde sua solidão? Ou quem se escondem em roupas feias pra dizer que são inteligente? Tudo gente prestes a quebrar.
Não tenho a intenção de chegar a lugar algum, só estava pensando no assunto.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Quando o dia é um sono só.

A luz se apaga e o cansaço não cede espaço ao sono. As perguntas bloqueiam a via.

- Vou viajar pra Paris?
- Acredito ou não no que me falam?
- Aceito a vida como ela é?

A cabeça lateja, enquanto os olhos lacrimejantes não sossegam. Está tudo escuro, mas é possível ver as nuances de sombra e luz. Estou cansada até para sentir o medo do escuro, até para ver formas nas sombras. Sem perceber, adormeço. Para logo em seguida ser acordada por um barulho, um ruído, uma reclamação que vem da rua.

A cada quase sono, após um quase sonho, retorno sem lembrar exatamente o que me perturbava para em segundos recuperar a ruga de preocupação. Não dormi o suficiente, não relaxei tudo o que precisava, não processei toda aquela informação. Fico ansiosa por não estar dormindo e isso torna o sono um objetivo distante. O despertador toca.

Dormi alguma coisa e hoje levanto mais cedo. Em uma hora dentro do ônibus, tiro um cochilo rápido de 15 minutos, se tanto. Logo eu, que durmo em instantes sentanda num banco duro do trem lotado, não consigo relaxar e dormir direito no banco macio e quase deitado do ônibus executivo. Será que é talento ou treino?

Em um instante o motivo pra eu estar tão cedo ali não existe mais. Um dia terei que voltar. Outra noite mal dormida me espera no futuro. Vou chegar mais cedo no trabalho.

A falta de um descanso de verdade somada ao estresse acumulado quase me derruba. Em cima do salto, ando no automático. Almoço um sushizinho classe média, pulo o café e ele me faz falta. Penso se não é o caso de maneirar na cafeína, dizem que o excesso pode dar taquicardia. Será que uma pessoa se arrastando pode ter taquicardia? Na dúvida, vou buscar uma xícara na cozinha.

Enquanto o cheiro do café sobe, penso nas coisas a resolver. As perguntas que bloquearam o sono ainda não foram respondidas e neste momento duvido se um dia serão. Estou com preguiça de pensar nelas e elas dão lugar a questões mais simples, sobre pintar os cabelos brancos, fazer as unhas, marcar a depilação pra essa semana ou pra outra. Estas também ficam sem resposta. A pergunta da janta, que é frequente, já está respondida desde ontem: comprar pão e comer com o resto da carne que está ótima. De repente, parece uma grande vitória não ter que pensar no que vou jantar.

Parece cansaço, mas é algo maior. É tipo uma solidão que cresce de dentro, com a certeza de que tem coisa que ninguém pode fazer por você. Ainda tem muito dia pela frente, o trabalho não espera. Mais um café e vamos voltar a funcionar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Strike a pose

Ou não, né? Porque gente poser é chata demais.

Mas se você vai participar de um evento importante, como um casamento, uma formatura e ainda mais se você for ser uma das pessoas principais na história, aproveite seu tempinho livre e treina como você vai sair nas fotos.

É coisa de adolescente? Sim.

Mas você vai lá e gasta uma fortuna com roupa, sapato, cabeleireiro e depois sai parecendo a irmã feia da Cinderela na foto? Melhor não.

Você pode treinar no espelho, mas o mais efetivo é tirar foto mesmo. Então arrume um tripé, apoie a máquina num lugar que dê uma altura boa ou chame uma amiga de confiança e treine. Treine até saber o que funciona pra você. Deixe a vergonha de lado. Pode ser divertido.

E depois apague as fotos feias, porque não tem motivo para guardar uma imagem desfavorável.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Onde estão os redatores?

Nos últimos meses tenho notado que um assunto sempre vem à tona: a dificuldade de se encontrar bons redatores publicitários. Sempre tem uma vaga pipocando na rede e eu achei que teria muita gente pra preencher as vagas, mas parece que redator é um tipo escasso no mercado.


São vários os problemas e eles vêm de todos os lados. Na faculdade não ensinam ninguém a escrever direito. As pessoas ainda saem da faculdade confundindo "mas" com "mais". Sim, esse tipo de problema. Além disso, os estudantes de publicidade são educados a fazer títulos e trocadilhos. Um lance genial. Mas no final das contas um redator tem que saber criar um conceito, uma linha de desenvolvimento e transformar isso em campanhas e textos às vezes longos. Nem sempre a história tá toda numa chamada que só você acha fantástica.

Por outro lado, as agências querem que o criativo seja também revisor. Eu concordo que saber as regras da Língua Portuguesa é fundamental, mas revisar o próprio texto não é lá muito produtivo. Para revisões eu acho que os profissionais de letras são muito mais indicados. Mas o problema forte no mercado é o salário. Porque assim, tem muito lugar que considera o redator um profissional menor da criação. Tem muito lugar que acha que pra escrever qualquer pessoa serve e, dessa forma, qualquer salário é mais que suficiente. E aí acaba contratando só recém-formado. E a qualidade dos textos não evoluiu...e por aí vai.

Tem toda uma crise de compromisso na relação entre agências e profissionais, e nem é só com os da redação. Eu não acho que as leis trabalhistas brasileiras sejam as melhores, longe disso. Mas do jeito que a coisa é feita na maioria das agências vira terra de ninguém. Não há compromisso. Há uma relação mercantil que se quebra pelo profissional quando uma agência oferece um salário (um pouco) melhor ou se a agência considerar que o profissional é dispensável por uma variação momentânea no volume de trabalho.

Ninguém está certo, ninguém está errado e o povo da publicidade continua a ser o grande consumidor de Rivotril no mundo.

Mas aí que venho escutando que o mercado está com carência de redatores e nem fazem questão de falar de bons redatores. Vem cá. Quem tá sem emprego não tem dinheiro pra fazer cursos e quem está trabalhando não tem tempo. Simples assim.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Azul marinho na festa

Recebi há algumas semanas o convite para ser madrinha de casamento. O evento em si será daqui um ano, mas como não começar a pensar no assunto?
Ok, não sou a noiva. Mas quem me conhece sabe que adoro uma produção, uma pesquisa e a elaboração de tudo. Agora imagine o que não é pensar em tudo isso com 20 kg a menos, e a possibilidade de estar ainda mais magra e em forma até lá. 

Pronto, está dada a largada ao surto da madrinha perua. Mais novidades, em breve.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tempo de incertezas

A crise na economia mundial se anuncia faz um tempo, mas os dias incertos que vamos falar hoje dizem respeito ao clima.

Aqui em São Paulo uma manhã ensolarada não significa temperaturas em ascensão, nem mesmo agora que o inverno já acabou. Por outro lado o frio também não é certeiro. O que fazer?

O comum é apelar para as camadas, mas se você é das pessoas que não tem carro, tipo eu, vai concordar que essa alternativa não é de todo agradável. Já carreguei muita blusa na bolsa, blusa amarrada na cintura, no pescoço...e dependendo da quantidade de camadas que você estiver usando, todo o charme vai embora. Tá bom, estou sendo dramática. Mas o que fazer quando precisamos estar bem-vestidas e preparadas para diferentes temperaturas?

Quando a variação de temperatura é só de leve, alguns materiais costumam funcionar bem. Jeans é um deles, vai bem do frio ao calor. Aliás, besteira repetir isso, todo mundo já sabe.

Acho que os tecidos naturais em geral, os algodões e as sedas sem poliéster suportam bem essas variações de temperatura.

Um casaco ou jaqueta de couro pode vir a ser uma opção para quando a variação é um pouco maior, sem contar que agrega estilo imediatamente (foto: Baphonico).



Nos pés, sapatilhas. Vão bem no calor e no friozinho de leve. Se você precisa de salto de qualquer jeito, um scarpin confortável. Se a variação envolver chuva, acho que as Melissas sempre são indicadas, mas eu não colocaria daquelas flocadas na água. Sei lá, sempre acho que o acabamento flocado é doido pra dar defeito.

No final das contas, nem é preciso que o tempo esteja instável, variando entre calor e frio. O ar condicionado também nos coloca nessa variação de temperatura, não é?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O mundo muda quando você muda

Esqueça as campanhas educativas, não vou falar de ser uma pessoa melhor e ter atitudes altruistas. Meu mundo é pequeno e meu assunto trata das pequenas coisas da vida, dessas que recheam revistas femininas e crônicas de jornal. Banalidades.
Acontece que há alguns meses resolvi fazer dieta a sério. Fui na endocrinologista, fiz exames, ela passou mil instruções e um cardápio que eu achava que não ia conseguir seguir. Mas consegui. E já emagreci um bocado.


Pode parecer que a história é rasa se você ler só até aqui, porque afinal as revistas de dieta e ginástica, além de todos os sites relacionados a estes assuntos, trazem este tipo de depoimento todos os meses.
O que aconteceu comigo, o que ainda está acontecendo, é o padrão. Sigo a dieta, emagreço, as roupas ficam largas, a calça jeans entra, este tipo de coisa. O que eu não esperava é o que acontece com as pessoas à minha volta.
Tem quem apoie, quem se inspire e quem resolva boicotar. Para o boicote eu já estava meio que preparada, porque afinal as pessoas não vão parar de viver porque você está de dieta, então eu encarava o aumento da oferta de bolos, tortas, sorvetes e chocolates como uma coisa normal. Mas haja força de vontade.
Também tive que aprender a lidar com as críticas. Porque se alguém me criticava por precisar emagrecer, também teve quem criticasse eu estar fazendo dieta, e muitas vezes foi a mesma pessoa.
Acho que ao ver o outro mudando a gente seja obrigado a encarar a vontade e o medo de viver uma mudança.
As palavras muitas vezes são cruéis, podem fazer você desistir no meio do caminho, e aí, a decepção vem forte.
Mas vamos lá, nada de se isolar do mundo. Mesmo quem magoa pode não ter a intenção. No meu caso, eu tento ter paciência e seguir o plano original. Fácil nunca é, mas ninguém nunca disse que realmente seria.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em busca da inspiração perdida

Já muito melhor nisso de ter um blog, de escrever. Cadê inspiração?

To gastando em respostas educadas para pessoas ignorantes, contando até 10 diante de provocações infantis e  em batalhas de ego que só acontecem na minha cabeça. Preciso canalizar a energia pra alguma coisa mais produtiva.
Eu fico pensando no que devia ter feito, devia ter dito e perco um tempão. É normal?
Pode ser, mas é frustrante!

30 anos com drama de adolescente. Ou será que é o próprio drama balzaquiano de terminar com as ilusões juvenis que estou vivendo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cor da moda

A cada estação surge uma nova tendência, uma cor que dizem que vai dominar as ruas e tal. Nem sempre as revistas de moda concordam sobre qual é a cor do momento, ou qual é a combinação que vai fazer sucesso, mas é fato que a convergência existe.

Nas últimas semanas tenho visto em mais de um veículo que a cor da próxima estação é o laranja. Celebridades desfilam a cor nos tapetes vermelhos, as revistas apontam parcerias de sucesso com azul klein ou pink, algumas vitrines já mostram alguma coisa da cor. Eu particularmente tenho problema com laranja. Acho que não cai muito bem em mim. Talvez eu não tenha encontrado o meu tom de laranja perfeito, se é que ele existe. Tenho pouca coisa na cor e agora que é a cor sensação do momento, talvez eu me distancie ainda mais. Digo isso porque não gosto de andar uniformizada. Por mais jeans e camiseta que eu use, aderir com força à cor do momento não me agrada. Sabe quando você está em um ambiente e percebe que todo mundo tá querendo ser moderno com a mesma tendência. Então. Não curto.

Mas isso é um ponto de vista pessoal. Se você curte estar no padrão, anote a cor como must have. Isso não significa que laranja está proibido na minha vida. Até porque nunca se sabe quando a gente vai se apaixonar por uma peça e deixar toda essa teoria de lado.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Filmes de perfumes

Acho que ser roteirista de filmes de perfumes deve ser tipo um sonho. Claro, deve ter os mesmos problemas de toda atividade ligada à escrita, mas poder criar filmes curtos, com pegada surreal, que trabalham basicamente o emocional deve ser uma profissão e tanto.
Sim, imagino que muitas vezes esses roteiros caiam nas mãos de redatores publicitários, o que me daria alguma chance de trabalhar com isso. Mas não, estamos no Brasil e os perfumes nacionais não são representados em vídeos muito inspirados.
Hoje assisti ao vídeo novo do Trésor, com a Emma Watson. Achei uma graça, muito bem cuidado.


A história não me representa, mas dá pra acho que falaria comigo quando eu tinha 17 anos e mudei pra São Paulo pra fazer faculdade. E é isso que os vídeos de perfume trazem e me fazem pensar.

A sensação. Na minha cabeça, se o perfume, o cheiro do perfume nos faz relembrar uma sensação, os vídeos tentam nos levar a mesma sensação em outras mídias. (Vou considerar o odor uma mídia).

Enfim, Emma mostrou que é mais que Hermione, que tem personalidade própria e desfila linda nessa história. Se ela vai ser uma boa atriz em outros filmes, só o tempo dirá.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Reatando

Andei brigada com o blog, me afastei da moda, tentei deixar os desfiles de lado e agora deu saudades. Vou te falar que minhas prioridades mudaram, as artes mudaram. Agora não quero literatura, quero cinema.
Neste tempo em que escrevi alguns posts sentimentaloides e burocráticos, engordei uns quilos e depois emagreci muitos. Ainda estou emagrecendo. Vai ver é isso que me traz de volta a moda. Vai ver que eu não queria saber da moda, porque ela não estava caindo bem em mim.
Tem outra coisa, as tendências. Por mais que muitas editoras celebrem a democracia da moda, o pode tudo das formas, isso é uma grande mentira. Basta você pegar um catálogo qualquer, um fast fashion qualquer para ver que as regras existem. O que mudou é a forma de transgredi-las. Seja lá o que isso signifique.
Vai dizer que sandálias com salto anabela, de corda não são tendência? Que candy colors não são tendência? Xadrez vichy e laises?

Enfim, tudo isso me agrada, estou achando tudo lindo. Estou de volta. Acho.
Se eu me animar, em breve um post sobre esta coisa francesona inspirada na Dona Brigite.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Insatisfação crônica

Estes dias assisti de novo o Vick, Cristina, Barcelona. Tem um momento, quando a Scarlet resolve que não quer mais ficar no mènage, que a Penélope diz que o problema dela é insatisfação crônica.
Embora o filme mostre uma situação exagerada, fora da realidade da maioria das pessoas (ou fora da realidade do que a maioria das pessoas assume viver), fiquei pensando se eu não sou um tanto assim.
Penso nisso porque eu sempre quero mais. Mais roupas, mais maquiagem, mais sapatos. E embora eu veja que não sou a pessoa mais apegada do mundo, sinto que ter e parecer são coisas importantes na minha vida.
É difícil admitir isso.
Porque assim, embora a maioria das pessoas seja assim, não admitem e fazem questão de jogar pedras.
Também não sou a favor do discurso neo-hyppie de não consumir e tal. A economia precisa girar.
Estou confusa. Quero um chapéu. Ele está em promoção. Devo comprar?


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Do equilíbrio e coisa do tipo

Já ouvi muita gente dizer que me acha inabalável, equilibrada e sensata. Nossa, são elogios, que bom.
Bom uma ova. Porque no final essa minha suposta sensatez é desculpa pra eu nunca poder sair da linha. É uma obrigação de ser compreensiva e cordata que não faz bem pra saúde mental de ninguém.
Por muito tempo, muito mesmo, meu escape foi a comida. Mas e agora que estou de dieta? Complexo.
Ontem eu fiquei ligeiramente desequilibrada. Do tipo sai daqui e me deixa surtar sozinha. Surtei, chorei, parou.
Mas a reflexão ainda vai durar dias. Por que eu surtei tão fortemente por uma coisa banal? Por que eu estou cansada de lidar com pessoas? Por que a gente precisa corresponder às expectativas dos outros?
Na minha cabeça, eu acho que ninguém tem que corresponder a nada, mas não é a razão que faz com que eu chore feito uma criança. É o sentimento. E de onde vem esse sentimento de tristeza e revolta? Não sei.
Infelizmente tive que parar a terapia, então não vou levar o assunto pra Rose me ajudar a descobrir. Preciso de uma nova Rose.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fora do lugar

A verdade é que os dias passam devagar enquanto os anos voam.

Sabe quando se tem a impressão de que alguma coisa está errada e isso te incomoda muito? Então.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Tudo que você quer ser

A gente sempre idealiza uma perfeição que nunca acontece. Não é para acontecer, porque não é real é uma idealização mesmo. Mas sabe aqueles dias em que a gente pensa "Por que nunca consigo nada?"? Esse dia é hoje.
Esse dia acontece todos os meses quando interrompo a pilula, e em datas aleatórias sem influência hormonal. São dias em que sinto falta de ter feito intercâmbio com 14 anos, de ter aprendido francês durante o colegial e de ter mantido uma rotina de atleta, fazendo tantos esportes quanto cabiam na agenda. São dias de querer mandar um recado pra mim mesma 15 anos atrás, de falar pra não fingir que queria ser cientista e de ter começado a trabalhar mais cedo. Não é uma questão de arrependimento. É mais saber que menti sobre várias coisas pra mim mesma e que isso me atrapalha até hoje.

Não quero ninguém falando pra eu deixar disso ou daquilo. Eu só queria ser uma pessoa melhor em várias coisas. Já era tempo de eu estar recebendo prêmio ou um salário que proporcionasse férias maravilhosas além mar. Já era tempo de eu saber sapatear e falar 5 idiomas além do português. Já era tempo de eu ser mais quem eu queria ser.

Mas vai passar. Amanhã retomo a pilula. A dieta continua e a procura por novos horizontes profissionais também. A melancolia vai embora e lá vou eu correr atrás de algum ideal de mim mesma de novo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Porque tudo muda o tempo todo.

Mais uma temporada de moda acontecendo e eu por fora. Vou ler o que a Camila do Garotas Estúpidas e a Thereza do Fashionismo escreverem por que elas ainda acham o novo no meio daquele volume todo de looks tão parecidos. Depois vou conferir a opinião da Glória Kalil, que não precisa de apresentações. Vou folhear a Elle e a Vogue com as principais fotos. E quem sabe minha opinião mude. Quem sabe eu me encante com alguma coisa.

A vida tem passado corrida. O inverno vai começar já com vontade de ser verão. As modelos passarão frio na passarela e a gente vai ver as novidades que chegarão velhas no verão. E no verão a moda vai ser mais uma vez uma mania de novela, uma direção de arte hollywoodiana, uma roupa branca pro ano-novo. Devo estar ficando exigente num nível que não é saudável.

No Fashion Rio foram apresentadas muitas coisas que eu usaria já. Mas a surpresa, a arte, isso custa caro e estão deixando de fora. Nem gosto das coisas muito conceituais, mas se é pra ser só correto pra que montar o circo todo?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Da velocidade da informação

Um dos motivos de eu ter praticamente parado de escrever no blog é a velocidade que a informação chega. Pelo Twitter vejo a mesma notícia fashion dada por tantas pessoas diferentes e tratadas como verdadeiros furos de reportagem que tenho a impressão que não há o que escrever. Não que falte opinião sobre o vestido da Duquesa de Cambrigde ou que eu não tenha meus preferidos entre os modelos escolhidos pelas atrizes e modelos para o Baile do MET. Mas alguém ainda quer falar sobre o assunto depois de ter lido a mesma coisa em mais de 5 blogs e 3 portais diferentes? O que isso acrescenta?

A informação voa a jato e eu ando com uma bola de ferro no meu calcanhar que é a falta de tempo. Quanto tempo faz que não abro o Photoshop para arrumar imagens ou fazer montagens? Quanto tempo faz que não testo uma nova maquiagem em vez de ir direto no que é seguro? Is this real life?

Quantas cores de esmalte ainda serão febre? Qual é o tom do batom pink da moda? Qual é o novo nome do bege pra temporada?  A coisa muda tão rápido que só se criam factoides. Quando penso em aderir a algum modismo, já perdi o bonde da história e ele já ficou ultrapassado.

Agora respira.

Porque se tanta coisa é moda, se tantas influências fazem parte do pacote, a moda está estacionada. Se pensarmos com calma, desde o fim da Belle Epòque a moda é muito parecida com tudo isso que revemos e repetimos. Então alguma mudança grande pode estar pra acontecer nos próximos 20, 30 anos. Será? Seria um mundo espetacular e maravilhoso, surpreendente e mágico. Ou o MadMax finalmente chegaria e o caos tomaria conta do mundo. Fashion inclusive.

Acho cada vez mais difícil apontar tendências porque elas acontecem em escalas diferentes. Como linhas paralelas em velocidades diferentes, correndo simultaneamente. Faz alguns anos que o Azul fortão (BIC, Klein, whatever) é tendência. E hoje ainda é. Anos escutando que estampa de oncinha é tendência. Depois que é clássico. Depois ver que massificou geral e que tem gente reclamando de cansaço. Então a coisa não acontece por temporadas de 6 meses na vida real. O ciclo é longo, apesar da artificialidade das temporadas de moda e das tendências nas revistas.

Pra quem ficou muito tempo sem escrever por aqui, estrapolei. Alguém ainda lê isso aqui?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Fase

Tanta coisa acontecendo, tantas rotações por segundo. Uma variação gigantesca de clima e novidades sendo atropeladas por notícias.
Sem fôlego para escrever. Sem inspiração para desenvolver qualquer coisa fora do trabalho. E o trabalho? Mais um setor entre novidades e notícias. Espero que xcelentes no final das contas.
Preciso respirar. Preciso estar lá. Cuidar dos outros, cuidar de mim.
As ondas vêm e batem sem parar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tendência or not.

Um pouco antes de entrar na moda propriamente dita, queria falar um pouco da minha relação com esta coisa das tendências. Pra mim a tendência é um caminho que a moda mostra. Uma sugestão. Mas às vezes vejo a tendência ser tratada como um decreto. Um tem que.
E eu sou contra. Primeiro porque a obrigação de usar alguma coisa já tira a graça da coisa. Segundo, porque nem tudo que é tendência é tendência pra você. Terceiro porque odeio ser uma réplica de todas as outras pessoas no mesmo lugar. Quarto...

São muitos os motivos. Pode ser que em um momento ou outro eu fale em tendência, como uma constatação do que vejo. Tipo, muita gente se jogando no floral. Mas não quer dizer que só porque vi, eu também use. E que só porque eu gosto, é obrigatório. Porque no final, acho que obrigações são chatas desde a concepção.

É isso, por hoje.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Desejos fashion

Depois de um longo, longo inverno, voltei a ter vontade de ler e escrever moda. As coleções estão mais interessantes ou foi o afastamento que me deu a perspectiva mais adequada? Quem sabe?

Agora é me interar, ...alô Marc, o que você tem a dizer de seu último desfile? e ver no que dá.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Das escolhas que fazemos todos os dias

Já foi dito várias vezes, por várias pessoas, que toda escolha implica em uma perda. Simples, se você escolhe A, já perdeu B instantaneamente. Acontece de a gente escolher o que implica em perda menor, mas sempre há uma perda.

O que se perde? Uma experiência, um caminho, muito dinheiro. Se perde alguma coisa em algum ponto.
Mas ninguém gosta de perder. É verdade, não existe ninguém que eu conheça que se contente em sempre levar a pior. E também tem gente que mesmo escolhendo o melhor pra si, sofre demais pensando no que perdeu.

Só que tem coisa pior. Tem quem começa a sofrer pelo que vai perder antes de fazer a escolha. E são esses que têm me dado trabalho ultimamente. Porque assim, eu não sei o que vai acontecer. Posso abrir meu tarô, usar uma boa dose de intuição, mas o que vai acontecer ainda não está pronto. Ainda está sendo arranjado. Então minha política é a do vai dar tudo certo. Pelo menos para os outros. Para mim eu sou insegura demais e preciso que alguém me lembre que vai dar tudo certo.

Outra coisa difícil de lidar é com a mania de controlar tudo. Eu tenho e tento deixar num nível aceitável. Mas conheço gente que não aceita que as coisas não são como gostaríamos. Não, ele não gosta (mais) de você. Não, a festa não vai ser exatamente como você quer. Não, a campanha não vai ser aprovada deste jeito.

Cabe a cada um de nós saber como lidar com as perdas de nossas escolhas. No momento, to tentando escolher come menos e melhor pra quem sabe ter que lidar com a perda de uns quilos. E que eles não voltem nunca mais.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Lá vou eu, lá-vou-eu...

Não, não vou escrever sobre carnaval. Coisa que este ano não caiu em fevereiro, festa do povo que não é pra mim. Não sou o tipo de pessoa foliona e a única coisa que realmente gosto no carnaval é a possibilidade de mini-férias. O assunto é, mais um vez, cabelo.

Eu tava na ânsia de deixar o cabelo crescer, fazendo as luzes nas pontas e torcendo pra ele ficar uma coisa assim da foto. Mas vi um corte curto e moderno na Marie Claire este mês, e agora? Agora não sei mais o que quero. Para variar, mudo o cabelo mil vezes por segundo. Vai entender o que se passa pela minha cabeça.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dessa coisa de nada ser para sempre.

Hoje me peguei pensando no recado de um biscoito da sorte que comi na sexta à noite. A mensagem era algo como "Não há inundação que nunca acabe. Nem tempo extraordinário que dure para sempre." e sim, sei que isso é verdade.


Mas com a minha vó internada no hospital há 5 dias, essas palavras ficaram na minha cabeça e ganharam uma dimensão mais triste que eu gostaria. Pode ser que não seja agora, mas ela não vai durar para sempre. Não vai ser a primeira pessoa próxima que vou perder, mas desta vez eu não to conseguindo manter a calma de sempre. Por mais que eu não acredite que as coisas todas vão se acabar, e que eu realmente ache que ela sempre vai estar por perto, não to conseguindo manter a cabeça fria. Pensei hoje na hipótese absurda dos biscoitos da sorte terem alguma validade científica e na possibilidade extraordinária de nada disso acontecer se eu não comece o biscoito em questão. É minha imaginação voa. Mas eu volto e sei que as coisas não funcionam deste jeito como mágica e que, uma hora ou outra, vou ter que enfrentar isso. Vó, fique bem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sobre as coisas que a gente não entende. Ou não quer entender.

Todo mundo sabe das regras básicas da vida, de trabalhar, de ser boa pessoa, de comer com moderação e beber com mais moderação ainda. Mas caramba, nunca é tão simples quanto parece. Porque ser inteligente não significa que você vai conseguir um bom emprego, trabalhar muito não significa reconhecimento e quem vive de coração partido tem suas próprias conclusões.

Todo mundo tem seus dilemas existenciais, e cada um acha que o seu é insuperável. No momento eu fico me perguntando: Pra que tudo isso? Porque eu gostaria de saber onde é que essa vida toda vai dar. Mas quando penso um pouco mais no assunto, descubro que as alternativas de resposta que consigo pensar me apavoram. Todas elas. Pensar em morrer e evaporar é triste. Pensar em viver pra sempre num mundo em que nada acontece é monótono. Pensar num inferno/purgatório, sério isso? Qual perspectiva me agradaria pra eu poder acreditar nela? Não sei dizer.

E no final das contas, porque é mesmo que eu acordo todo dia, enfrento quase 2 horas de transporte e trabalho? E porque é que depois de voltar pra casa eu trabalho mais ainda. Pra que isso?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tanta coisa

Vamos lá, tá difícil começar 2011. Tá difícil decidir o que quero fazer durante este ano todo. Acordar cedo depois de ter dormido mal, conviver com a sensação de que na verdade a vida passa em outro lugar, longe de mim. Por incrível que pareça, fazer dieta não tá tão difícil assim.
Tá difícil ser firme e bancar o que eu penso quando sou confrontada. É muito difícil pra mim, sempre, não ceder às críticas. Também é difícil não conseguir relaxar quando tudo está bem pelo simples medo de que alguma coisa dê errado. Eu queria ser leve, alegre, divertida e bem-disposta.
Eu bem quera deixar de ser dramática. Mas isso tá difícil também.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Começando com as resoluções.

Nada como começar a segunda com uma dieta, bem no comecinho do ano. É aquela coisa que a gente jura que desta vez é sério, e eu espero que seja mesmo. Os pães têm atacado meu estômago e os açúcares, a enxaqueca. Então em janeiro a ideia é reequilibrar o organismo, com dietinha, mato, estas coisas. É o primeiro desafio.

O segundo é escrever uma história que está amadurecendo na minha cabeça. Tenho que conseguir fazer uma história de ficção do começo ao fim. É uma grande vontade, vou colocar este para janeiro também.

Dois desafios. Acho que por enquanto tá bom. Em fevereiro a gente retoma isso.