quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Reatando

Andei brigada com o blog, me afastei da moda, tentei deixar os desfiles de lado e agora deu saudades. Vou te falar que minhas prioridades mudaram, as artes mudaram. Agora não quero literatura, quero cinema.
Neste tempo em que escrevi alguns posts sentimentaloides e burocráticos, engordei uns quilos e depois emagreci muitos. Ainda estou emagrecendo. Vai ver é isso que me traz de volta a moda. Vai ver que eu não queria saber da moda, porque ela não estava caindo bem em mim.
Tem outra coisa, as tendências. Por mais que muitas editoras celebrem a democracia da moda, o pode tudo das formas, isso é uma grande mentira. Basta você pegar um catálogo qualquer, um fast fashion qualquer para ver que as regras existem. O que mudou é a forma de transgredi-las. Seja lá o que isso signifique.
Vai dizer que sandálias com salto anabela, de corda não são tendência? Que candy colors não são tendência? Xadrez vichy e laises?

Enfim, tudo isso me agrada, estou achando tudo lindo. Estou de volta. Acho.
Se eu me animar, em breve um post sobre esta coisa francesona inspirada na Dona Brigite.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Insatisfação crônica

Estes dias assisti de novo o Vick, Cristina, Barcelona. Tem um momento, quando a Scarlet resolve que não quer mais ficar no mènage, que a Penélope diz que o problema dela é insatisfação crônica.
Embora o filme mostre uma situação exagerada, fora da realidade da maioria das pessoas (ou fora da realidade do que a maioria das pessoas assume viver), fiquei pensando se eu não sou um tanto assim.
Penso nisso porque eu sempre quero mais. Mais roupas, mais maquiagem, mais sapatos. E embora eu veja que não sou a pessoa mais apegada do mundo, sinto que ter e parecer são coisas importantes na minha vida.
É difícil admitir isso.
Porque assim, embora a maioria das pessoas seja assim, não admitem e fazem questão de jogar pedras.
Também não sou a favor do discurso neo-hyppie de não consumir e tal. A economia precisa girar.
Estou confusa. Quero um chapéu. Ele está em promoção. Devo comprar?


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Do equilíbrio e coisa do tipo

Já ouvi muita gente dizer que me acha inabalável, equilibrada e sensata. Nossa, são elogios, que bom.
Bom uma ova. Porque no final essa minha suposta sensatez é desculpa pra eu nunca poder sair da linha. É uma obrigação de ser compreensiva e cordata que não faz bem pra saúde mental de ninguém.
Por muito tempo, muito mesmo, meu escape foi a comida. Mas e agora que estou de dieta? Complexo.
Ontem eu fiquei ligeiramente desequilibrada. Do tipo sai daqui e me deixa surtar sozinha. Surtei, chorei, parou.
Mas a reflexão ainda vai durar dias. Por que eu surtei tão fortemente por uma coisa banal? Por que eu estou cansada de lidar com pessoas? Por que a gente precisa corresponder às expectativas dos outros?
Na minha cabeça, eu acho que ninguém tem que corresponder a nada, mas não é a razão que faz com que eu chore feito uma criança. É o sentimento. E de onde vem esse sentimento de tristeza e revolta? Não sei.
Infelizmente tive que parar a terapia, então não vou levar o assunto pra Rose me ajudar a descobrir. Preciso de uma nova Rose.