sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mundo real

A notícia já é velha. Em tempos de internet todo mundo já sabe tudo sobre a queda dos prédios no Rio.
Tudo muito feito, muito triste. E agora, um pouco mais.

Todas as mortes são duras, mas uma me chamou mais atenção.

Logo após a queda dos prédios, um homem apareceu chorando copiosamente pois estava falando com a namorada no MSN quando, de repente, ela parou de responder. Quando ele soube dos prédios, foi para lá.

Após ver ele falando na televisão, criei aquela expectativa romântica de que tudo fosse dar certo e de que ela seria resgatada magicamente viva.

Mas não aconteceu.

Acabei de ler que o corpo dela foi encontrado e nessa notícia, um pouco da magia do "tudo pode dar certo" se extinguiu.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dos sonhos a realizar

Enquanto a vida passa em seu ritmo próprio, correndo e se arrastando conforme a ocasião, a gente sonha. Os sonhos são aquelas conquistas distantes, ou não, que nos motivam a suportar os dias ruinzinhos. A gente acorda e enfrenta o trânsito pra ir trabalhar, entre outras coisas, por confiar que o dia da realização irá chegar.
Acontece que a expectativa às vezes é melhor que a realização. Um sonho se realizando torna-se realidade e a realidade nunca é tão brilhante. Credo! Se você pensa assim, precisa recuperar a alegria de viver.
Sim, às vezes ao se realizar o sonho decepciona. Mas talvez seja porque você tenha criado expectativas erradas.
E nada de ficar triste porque o sonho se realizou. Sempre tem coisas novas para querer. Pelo menos eu sempre consigo imaginar muitas coisas para querer. Da mesma forma que não acho certo ficar triste por não ganhar na Mega Sena, também não é motivo pra ficar triste conquistar alguma coisa que se quer muito.
Enfim, tudo isso porque eu estou em vias de realizar um sonho antigo e qualquer coisa é motivo pra um devaneio.
Em breve, voltamos com alguma coisa mais fácil.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Enquanto a nuvem não vai embora...

Eu ia escrever no estilo impessoal, mas pra quê? Num rompante de adolescência tardia, resolvi fazer do post uma página de diário e escrever sobre as nuvens que pairam sobre a minha cabeça. Não as que ameaçam tornar a volta pra casa mais lenta, mas as que me deixam assim, uma reclamona.

No mundo das ideias - um adendo: adoro essa coisa do mundo das ideias - eu sou uma pessoa positiva, que só espera e acredita no melhor da vida. Otimista. No geral, eu sou uma pessoa otimista. Mas, não sei como isso acontece, sou melancólica também. Uma otimista melancólica. Não acredito que seja bipolaridade, pelo menos não até alguém com o mínimo de formação me falar isso.

No momento, o otimismo foi passear na praia ensolarada e me deixou aqui no ar condicionado do escritório com as dúvidas da cabeça. O ar está pesado, a visão nublada. Mas por quê? Tantas coisas legais acontecem ou estão para acontecer. Por que estou novamente brigando pra consumir menos açúcar, sinal da ansiedade em grau máster? Por que o cabelo está ressecado novamente? Por que 3 dias de dor de cabeça initerruptas?

Perguntas sem resposta no momento.

O que vou fazer a respeito? Queria descobrir o motivo de eu ser assim, Gabriela, mas o processo é longo, então vou tentar atacar nos sintomas. Menos açúcar, mais foco. Mais aulas de francês, mais exercício físico pra cansar o corpo. Filmes bobinhos e divertidos? Just Dance 3? Estragar mais tecido?

Ideias?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Despertar de 2012

Gosto dessa sensação de amanhecer que toma conta das ruas de São Paulo em dias como hoje. Um quase silêncio, um não-trânsito. As pessoas andam devagar, riem em suas roupas um pouco menos formais que o habitual. Pouca gente disputa o restaurante na hora do almoço, várias lojas nem abrem.
Gosto de poder pensar nas resoluções que já deveriam ter sido elaboradas, mas que só começam a tomar forma agora. Como se estivesse me espreguiçando e decidindo a agenda do dia, só que o dia vai ser loooongo. E passar rapidinho.

Imagem: R7

domingo, 1 de janeiro de 2012

Ano Novo de novo.

Nos últimos dias escutei muitas coisas sobre muitas pessoas. E no final das contas, percebi que eu sou uma das pessoas mais ingênuas que conheço. Eu simplesmente acredito. Acredito que estão me falando a verdade, acredito nas dores, nas conquistas e em tudo o mais que me falarem. Acredito em usar roupa nova no Ano Novo, em deixar as más energias irem embora depois de um mergulho e também acredito que tudo vai dar certo, sempre.
Sim, eu sou uma otimista. Acho estranho chegar a esta conclusão depois de tantas crises de melancolia. Eu sinto a tristeza, eu em sinto profundamente a tristeza. Mas eu sempre acho que vai passar, e talvez por isso, passe.
Das coisas que andei percebendo nos últimos dias, das pessoas que magoam por esporte, que mentem porque é bonito ver uma pata como eu cair na história, que fazem chantagem emocional ou que falam grosso comigo, dessas coisas todas, senti uma vontade imensa de me afastar do mundo todo. Vontade de fugir para o silêncio da minha imaginação onde eu sou uma heroína infalível e conviver apenas com os personagens criados por mim mesma. Mas não dá. Esses personagens nunca vão me surpreender, me fazer sorrir de verdade.
Quem sou eu e quem são essas pessoas todas ao meu redor? Por que tanta importância ao que acham que os outros estão pensando? Por que tanta vontade de adivinhar qual a próxima maldade que está sendo preparada? Por que tanta desconfiança?
Sim, eu me senti péssima ao perceber que qualquer um consegue me enganar. Mas viver achando que o mundo está contra mim parece pior.

Como uma pessoa que simplesmente acredita, eu acredito que muita coisa vai mudar em 2012. O que virá a seguir? Não sei ainda, mas acredito que será bom.