segunda-feira, 9 de abril de 2012

Querer muito.

Das coisas materiais. Dos sentimentos. Da vontade de ter.
Nem me venha com lição de moral. Todo mundo quer muito alguma coisa fútil. Uma roupa, um aparelho, um creme, um sapato, um livro só de figuras, um filme, uma cadeira. Uma infinidade de coisas que podem ser queridas, e que você vai inventar todas as desculpas para parecer que são realmente necessárias. Ou vai assumir que é um capricho e ser feliz.
Querer muito é capitalista? Acho que vem de antes. É egoísta? Acho que é mais instintivo. A gente quer muito alguma coisa que permeia o subconsciente. O inconsciente. Psicólogos, avaliem melhor isso do querer.
Particularmente eu não vejo problema em querer. Querer, ambicionar, põe a vida pra frente. Acho cruel é sofrer por não ter. Mas aí, da parte das frustrações, o problema é outro.

Um comentário:

Émie disse...

Ai, Gabi... Nem me fale do querer. Acho que pior que o querer e não poder ter é alguém te tolher o direito de querer e expor esse querer. Quando, ao menor sinal de mencionar que você quer isso ou aquilo, o outro vira pra você e fala: "não pode, não dá, está errado, não tem dinheiro". Eu sou da lei do inconformismo. A partir do momento seguinte que consegui alguma coisa, já quero outra. Senão não há sonho e sem sonho não há vida. Não tinha o cara que dizia que nossas vidas são tecidas dos mesmos fios que os nossos sonhos?! Acho que é bem isso. Não consigo passar um dia sem querer alguma coisa boa, alguma coisa melhor, alguma coisa mais confortável e/ou mais bonita. Não consigo. E às vezes tenho que me contentar em querer calada. Quer coisa pior?