segunda-feira, 24 de junho de 2013

E lá vamos nós outra vez

Você faz dieta, academia, emagrece, refaz o guarda-roupas e vive feliz pra sempre? Não. Você entra num ciclo de autoindulgência e volta a engordar, porque viver é difícil.

Aí o primeiro impulso é querer fazer tudo de uma vez. Dieta ultrarrestritiva, academia todos os dias, massagens, cremes e chás. E não dá muito certo porque na vida real você demora cerca de duas horas pra ir e outras duas pra voltar do trabalho, dorme pouco e não tem dinheiro para pagar os tratamentos e cosméticos que fariam milagres. Triste você afoga as mágoas, primeiro em chocolates caros. Depois em uma fatia de bolo no café com o ápice num saco de salgadinho seguido de litros de refrigerante.

E a calça que já estava agarrada não entra mais. A blusa marca na barriga e seu rosto se torna a lua. Parabéns. Você aderiu ao efeito sanfona.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O amor está na rede

Datas comemorativas são uma grande armadilha para nossa saúde mental, assim como as redes sociais e aquele comentário maroto que um conhecido faz de como você parece cansada. 

Ontem foi Dia dos Namorados e, olha que fofo, todo mundo aí demonstrando seu amor no Facebook e outras redes. Ou demonstrando seu desprezo pela data. Confesso que algumas fotos e mensagens pareciam sinceras e adoráveis, até que começou a competição de quem pode mais, quem ganhou mais ou jantou no restaurante mais romântico. 

Tem mesmo que postar cada momento do Dia dos Namorados no Facebook? Não era pra isso ser um evento romântico em que o casal estaria tão imerso no amor que o resto do mundo simplesmente não iria existir? 


O jantar de dia dos namorados deixou de ser um acontecimento romântico, passou a ser um evento midiático. Cadê o romance enquanto se está preocupado em tirar uma foto do look do dia, do prato, do brinde, dos presentes? 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A minha estupidez é fazer mal pra mim mesma.

Você se empenhou, manteve a força de vontade e emagreceu 28 kg. Final feliz? Não.

Aos poucos você deixa as angústias da vida fazerem seu cardápio e vai engordando tu-do de novo. Não tudo. Metadinha. E como metadinha já é muito, é hora de engolir o orgulho, recusar a sobremesa e começar tudo de novo. Tudo não, porque agora você está começando no meio do caminho.

Não sei se é melhor eu assumir esse tom otimista ou se eu deveria realmente entrar em pânico. Mas a verdade é que já estou em pânico, só quero ser otimista pra dieta, da qual eu nunca vou poder fugir, não virar uma grande tortura.

O pior é que eu sei o que tenho que fazer. O pior é que eu sei que depois de duas semanas eu já vou ter algum resultado animador e já ficarei animada de verdade. O pior é que duas semanas é quase nada, mas pra quem desconta os sentimentos no prato, esse quase nada de tempo é uma eternidade.

E aí que sempre tem alguém pra falar que você é fraca. E sempre tem alguém pra te desestimular. E sempre tem alguém pra te chamar de fútil. E alguém pra fazer pouco caso do seu otimismo.

Eu queria ser a pessoa maravilhosa que não liga de verdade para os comentários maldosos, propositais ou não. Mas eu ligo. Eu sofro. Eu me atraco com uma barra de Milka e não paro até minha cabeça começar a doer de tanto açúcar. E eu nem sinto o gosto, porque a verdade é que o gosto a gente só sente na primeira mordida. Ok, talvez ainda se sinta um pouco na segunda.Mas no quarto ou quinto quadradinho, ele já se foi.

Então é isso, mais uma promessa que pretendo cumprir. Estatisticamente as chances são baixas, mas eu nunca gostei de estatística mesmo.