A verdade é que sem emprego não significa sem trabalho. Tenho feito uns freelas. Mas não é o suficiente para a minha saúde mental. As contas continuam a serem pagas, mas e os planos para o futuro? Preciso de direção e sentido para me sentir segura, mesmo que seja uma segurança ilusória.
Sim, trabalhamos com clichês. Por outro lado, e o que é mais assustador, é que essa pausa é um momento para pensar. Depois de dois meses eu gostaria de ter um rumo definido. Empreender? Estudar pra concurso público? Mudar de setor? Não achei ainda a minha resposta, pelo menos não a resposta completa.
Tenho aproveitado o tempo para por a coluna no lugar, voltar a me alimentar direito, costurar e me atualizar. Já perdi tecido, cresci uns 2 centímetros com o RPG, aprendi várias coisas sobre o Facebook e atualizei meu LinkedIn. Falando nisso, precisando de uma redatora? Vai lá e procura por Gabriela Camargo. Também participei de uma exposição, vendi algumas obras e recuperei a confiança na minha criatividade.
Mas tem muita coisa cozinhando na minha cabeça. Histórias que precisam ser escritas, consultas no SEBRAE, visita ao dentista e ao dermatologista, dedicação ao Just Dance, blusas e vestidos, cupcakes e caramelo salgado.
Por onde começar? Sinceramente não sei. Acho que já comecei uma revolução há cerca de 60 dias quando pedi minhas contas. Só não sei ainda onde isso vai me levar.
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