Eu ia escrever no estilo impessoal, mas pra quê? Num rompante de adolescência tardia, resolvi fazer do post uma página de diário e escrever sobre as nuvens que pairam sobre a minha cabeça. Não as que ameaçam tornar a volta pra casa mais lenta, mas as que me deixam assim, uma reclamona.
No mundo das ideias - um adendo: adoro essa coisa do mundo das ideias - eu sou uma pessoa positiva, que só espera e acredita no melhor da vida. Otimista. No geral, eu sou uma pessoa otimista. Mas, não sei como isso acontece, sou melancólica também. Uma otimista melancólica. Não acredito que seja bipolaridade, pelo menos não até alguém com o mínimo de formação me falar isso.
No momento, o otimismo foi passear na praia ensolarada e me deixou aqui no ar condicionado do escritório com as dúvidas da cabeça. O ar está pesado, a visão nublada. Mas por quê? Tantas coisas legais acontecem ou estão para acontecer. Por que estou novamente brigando pra consumir menos açúcar, sinal da ansiedade em grau máster? Por que o cabelo está ressecado novamente? Por que 3 dias de dor de cabeça initerruptas?
Perguntas sem resposta no momento.
O que vou fazer a respeito? Queria descobrir o motivo de eu ser assim, Gabriela, mas o processo é longo, então vou tentar atacar nos sintomas. Menos açúcar, mais foco. Mais aulas de francês, mais exercício físico pra cansar o corpo. Filmes bobinhos e divertidos? Just Dance 3? Estragar mais tecido?
Ideias?
Toda vez que me perguntam o que é ou o que eu tenho, respondo que não é nada. Pode ser porque não seja nada mesmo.
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
Ano Novo de novo.
Nos últimos dias escutei muitas coisas sobre muitas pessoas. E no final das contas, percebi que eu sou uma das pessoas mais ingênuas que conheço. Eu simplesmente acredito. Acredito que estão me falando a verdade, acredito nas dores, nas conquistas e em tudo o mais que me falarem. Acredito em usar roupa nova no Ano Novo, em deixar as más energias irem embora depois de um mergulho e também acredito que tudo vai dar certo, sempre.
Sim, eu sou uma otimista. Acho estranho chegar a esta conclusão depois de tantas crises de melancolia. Eu sinto a tristeza, eu em sinto profundamente a tristeza. Mas eu sempre acho que vai passar, e talvez por isso, passe.
Das coisas que andei percebendo nos últimos dias, das pessoas que magoam por esporte, que mentem porque é bonito ver uma pata como eu cair na história, que fazem chantagem emocional ou que falam grosso comigo, dessas coisas todas, senti uma vontade imensa de me afastar do mundo todo. Vontade de fugir para o silêncio da minha imaginação onde eu sou uma heroína infalível e conviver apenas com os personagens criados por mim mesma. Mas não dá. Esses personagens nunca vão me surpreender, me fazer sorrir de verdade.
Quem sou eu e quem são essas pessoas todas ao meu redor? Por que tanta importância ao que acham que os outros estão pensando? Por que tanta vontade de adivinhar qual a próxima maldade que está sendo preparada? Por que tanta desconfiança?
Sim, eu me senti péssima ao perceber que qualquer um consegue me enganar. Mas viver achando que o mundo está contra mim parece pior.
Como uma pessoa que simplesmente acredita, eu acredito que muita coisa vai mudar em 2012. O que virá a seguir? Não sei ainda, mas acredito que será bom.
Sim, eu sou uma otimista. Acho estranho chegar a esta conclusão depois de tantas crises de melancolia. Eu sinto a tristeza, eu em sinto profundamente a tristeza. Mas eu sempre acho que vai passar, e talvez por isso, passe.
Das coisas que andei percebendo nos últimos dias, das pessoas que magoam por esporte, que mentem porque é bonito ver uma pata como eu cair na história, que fazem chantagem emocional ou que falam grosso comigo, dessas coisas todas, senti uma vontade imensa de me afastar do mundo todo. Vontade de fugir para o silêncio da minha imaginação onde eu sou uma heroína infalível e conviver apenas com os personagens criados por mim mesma. Mas não dá. Esses personagens nunca vão me surpreender, me fazer sorrir de verdade.
Quem sou eu e quem são essas pessoas todas ao meu redor? Por que tanta importância ao que acham que os outros estão pensando? Por que tanta vontade de adivinhar qual a próxima maldade que está sendo preparada? Por que tanta desconfiança?
Sim, eu me senti péssima ao perceber que qualquer um consegue me enganar. Mas viver achando que o mundo está contra mim parece pior.
Como uma pessoa que simplesmente acredita, eu acredito que muita coisa vai mudar em 2012. O que virá a seguir? Não sei ainda, mas acredito que será bom.
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domingo, 23 de outubro de 2011
Fragilidade
É meio óbvio, todo mundo tem um ponto fraco (ou muitos). O que acaba falando se uma pessoa é forte ou fraca, acaba sendo a forma de lidar com isso.
No visual, muitas vezes associamos fragilidade a cores pasteis e elementos assumidamente femininos. Flores, rendas, transparências e babados. Doce, delicado, etéreo, frágil. Mas fala sério, existe pessoa mais frágil que aquela que só usa preto porque é mais prático ou porque acha que emagrece? Ou aquela que se esconde num estereótipo de rebelde pra criar uma casca? Ou ainda aquela que exagera em tudo: cores, brilhos, decotes, saia ultracurta pra encorporar a femme fatale enquanto esconde sua solidão? Ou quem se escondem em roupas feias pra dizer que são inteligente? Tudo gente prestes a quebrar.
Não tenho a intenção de chegar a lugar algum, só estava pensando no assunto.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Insatisfação crônica
Estes dias assisti de novo o Vick, Cristina, Barcelona. Tem um momento, quando a Scarlet resolve que não quer mais ficar no mènage, que a Penélope diz que o problema dela é insatisfação crônica.
Embora o filme mostre uma situação exagerada, fora da realidade da maioria das pessoas (ou fora da realidade do que a maioria das pessoas assume viver), fiquei pensando se eu não sou um tanto assim.
Penso nisso porque eu sempre quero mais. Mais roupas, mais maquiagem, mais sapatos. E embora eu veja que não sou a pessoa mais apegada do mundo, sinto que ter e parecer são coisas importantes na minha vida.
É difícil admitir isso.
Porque assim, embora a maioria das pessoas seja assim, não admitem e fazem questão de jogar pedras.
Também não sou a favor do discurso neo-hyppie de não consumir e tal. A economia precisa girar.
Estou confusa. Quero um chapéu. Ele está em promoção. Devo comprar?
Embora o filme mostre uma situação exagerada, fora da realidade da maioria das pessoas (ou fora da realidade do que a maioria das pessoas assume viver), fiquei pensando se eu não sou um tanto assim.
Penso nisso porque eu sempre quero mais. Mais roupas, mais maquiagem, mais sapatos. E embora eu veja que não sou a pessoa mais apegada do mundo, sinto que ter e parecer são coisas importantes na minha vida.
É difícil admitir isso.
Porque assim, embora a maioria das pessoas seja assim, não admitem e fazem questão de jogar pedras.
Também não sou a favor do discurso neo-hyppie de não consumir e tal. A economia precisa girar.
Estou confusa. Quero um chapéu. Ele está em promoção. Devo comprar?
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Da velocidade da informação
Um dos motivos de eu ter praticamente parado de escrever no blog é a velocidade que a informação chega. Pelo Twitter vejo a mesma notícia fashion dada por tantas pessoas diferentes e tratadas como verdadeiros furos de reportagem que tenho a impressão que não há o que escrever. Não que falte opinião sobre o vestido da Duquesa de Cambrigde ou que eu não tenha meus preferidos entre os modelos escolhidos pelas atrizes e modelos para o Baile do MET. Mas alguém ainda quer falar sobre o assunto depois de ter lido a mesma coisa em mais de 5 blogs e 3 portais diferentes? O que isso acrescenta?
A informação voa a jato e eu ando com uma bola de ferro no meu calcanhar que é a falta de tempo. Quanto tempo faz que não abro o Photoshop para arrumar imagens ou fazer montagens? Quanto tempo faz que não testo uma nova maquiagem em vez de ir direto no que é seguro? Is this real life?
Quantas cores de esmalte ainda serão febre? Qual é o tom do batom pink da moda? Qual é o novo nome do bege pra temporada? A coisa muda tão rápido que só se criam factoides. Quando penso em aderir a algum modismo, já perdi o bonde da história e ele já ficou ultrapassado.
Agora respira.
Porque se tanta coisa é moda, se tantas influências fazem parte do pacote, a moda está estacionada. Se pensarmos com calma, desde o fim da Belle Epòque a moda é muito parecida com tudo isso que revemos e repetimos. Então alguma mudança grande pode estar pra acontecer nos próximos 20, 30 anos. Será? Seria um mundo espetacular e maravilhoso, surpreendente e mágico. Ou o MadMax finalmente chegaria e o caos tomaria conta do mundo. Fashion inclusive.
Acho cada vez mais difícil apontar tendências porque elas acontecem em escalas diferentes. Como linhas paralelas em velocidades diferentes, correndo simultaneamente. Faz alguns anos que o Azul fortão (BIC, Klein, whatever) é tendência. E hoje ainda é. Anos escutando que estampa de oncinha é tendência. Depois que é clássico. Depois ver que massificou geral e que tem gente reclamando de cansaço. Então a coisa não acontece por temporadas de 6 meses na vida real. O ciclo é longo, apesar da artificialidade das temporadas de moda e das tendências nas revistas.
Pra quem ficou muito tempo sem escrever por aqui, estrapolei. Alguém ainda lê isso aqui?
A informação voa a jato e eu ando com uma bola de ferro no meu calcanhar que é a falta de tempo. Quanto tempo faz que não abro o Photoshop para arrumar imagens ou fazer montagens? Quanto tempo faz que não testo uma nova maquiagem em vez de ir direto no que é seguro? Is this real life?
Quantas cores de esmalte ainda serão febre? Qual é o tom do batom pink da moda? Qual é o novo nome do bege pra temporada? A coisa muda tão rápido que só se criam factoides. Quando penso em aderir a algum modismo, já perdi o bonde da história e ele já ficou ultrapassado.
Agora respira.
Porque se tanta coisa é moda, se tantas influências fazem parte do pacote, a moda está estacionada. Se pensarmos com calma, desde o fim da Belle Epòque a moda é muito parecida com tudo isso que revemos e repetimos. Então alguma mudança grande pode estar pra acontecer nos próximos 20, 30 anos. Será? Seria um mundo espetacular e maravilhoso, surpreendente e mágico. Ou o MadMax finalmente chegaria e o caos tomaria conta do mundo. Fashion inclusive.
Acho cada vez mais difícil apontar tendências porque elas acontecem em escalas diferentes. Como linhas paralelas em velocidades diferentes, correndo simultaneamente. Faz alguns anos que o Azul fortão (BIC, Klein, whatever) é tendência. E hoje ainda é. Anos escutando que estampa de oncinha é tendência. Depois que é clássico. Depois ver que massificou geral e que tem gente reclamando de cansaço. Então a coisa não acontece por temporadas de 6 meses na vida real. O ciclo é longo, apesar da artificialidade das temporadas de moda e das tendências nas revistas.
Pra quem ficou muito tempo sem escrever por aqui, estrapolei. Alguém ainda lê isso aqui?
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