quinta-feira, 24 de junho de 2010

Quando a gente erra

Os acertos sempre contam com a participação de muita gente. Uma dica, uma ideia, um apoio moral. Mas os erros sempre são só nossos. Não importa a justificativa, quando a gente erra a culpa é nossa por não ter conferido mais uma vez, por não ter duvidado de um resultado, por ter falado está OK.
Isso é o mais difícil da vida de adulto, confrontar com nossas falhas, com as imperfeições. Porque para nossos erros não parecem haver desculpas. Errei e ponto. Para os outros consigo ver que a pessoa estava em dificuldade, que estava preocupada com alguma coisa, que afinal não foi nada tão grave, mas quando se trata de mim mesma, um erro é uma coisa dura e imutável. Eu não podia ter sido grosseira, eu não podia ter errado a gramática, eu não podia comer mais um biscoito. Mas se fiz, não importa o motivo, significa que errei e não tem o que possa ser feito. Um dia vou mudar? Espero que sim, é difícil conviver com uma cabeça que te julga e te faz se sentir tão só. Porque quem é tão crítico com os próprios enganos, luta sozinho no travesseiro. Queria saber aceitar o que passou e seguir em frente, como se faz?

Um comentário:

Liv Soban disse...

Admita primeiro que vc não erra. Tira a palavra erro do seu vocabulário.
Daí, as coisas começam a andar.
A gente tropeça, a gente não erra. Não estamos mais na escola na qual para você passar de ano precisa escolher uma resposta certa de cinco erradas. Não será a quantidade de respostas certas que fará você passar ou não de ano na vida adulta.

Esqueça os erros. Foque no caminho. Tropece sim, sempre, mas continue andando.