A febre dos esmaltes.

Até algum tempo atrás a vida de quem pintava as unhas era relativamente simples. Escolhia-se a cor entre rosinhas, vermelhos e branquinhos. As mulheres eram fiéis às suas cores preferidas e ousada era quem pintava a unha com a cor café da Colorama. Se você queria um esmalte verde pra usar na Copa do Mundo, misturava tinta de caneta num vidro de base ou esperava lançar um kit específico pra data, porque fora dela, verde era uma aberração.

Mas aí aconteceu a Chanel. O preto da Chanel. O azul escuro da Chanel. O cinza, o verde clarinho e agora aquele marrom estranho da Chanel. E parece que mulheres de todas as idades, provenientes de vários países do mundo todo entraram em frenesi. Todo mundo querendo a nova cor. A cor da estação.
Confesso que eu meio que entrei nesta onda. Esmalte é barato né? Das marcas nacionais você paga 2 ou 3 reais no potinho e fica feliz. Eu queria usar uma cor diferente a cada dia, lia tudo o que as meninas escreviam. Várias marcas lançam suas cores superdiferentes e todo mundo tem que experimentar e sair na busca inglória por um potinho colorido. Fiquei nessa até comprar o verdinho imitação da Big Universo. Experimentei e percebi que não combinava comigo.
Então me aquietei, um pouco. Resolvi ficar com as cores que eu gosto, testando uma ou outra novidade sem exageros. Passei a olhar as dicas e tendências com desconfiança e a pensar se combina comigo antes de resolver que quero porque alguém falou. Também desisti dos esmaltes importados. Acho que eles marcam muito fácil, ficam grossos. E olha que eu já testei várias marcas. Sem contar que eu acho que é muito dinheiro por um esmalte. Nunca gostei de unhas com desenhos e sei que a nova moda é fazer um degradê, com uma unha de cada cor, mas não entrei nesta. Agora estou usando as cores que eu gosto, buscando o equilíbrio. Pelo menos até o próximo lançamento da Chanel.