sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Semanas de moda.

Às vezes tenho a impressão que o Brasil é um país marcado pela síndrome do quase. Quase tão bom quanto poderia ser. Quando alguma coisa aqui se destaca e a gente pensa que isso vai virar um país de verdade, o movimento decai.

Vamos pular a parte de economia, política e estas coisas sérias que precisam de uma análise menos superficial. Elas são muito revoltantes, mas acho que enquanto povo brasileiro, merecemos o que elegemos e ponto. Sem paixões nem defesas.

Tudo isso pra falar da sensação de que parece que aqui tem-se muito medo de crescer e se destacar. É todo mundo indo na onda e desanimando na primeira pedra que aparece no caminho. E isso é em esporte (tênis), na ciência (brasileiro no espaço) e parece que também na moda. A moda brasileira parecia que ia explodir, mostrar a que veio, mas agora tá numa incerta. A polaridade Rio-SP que parecia animar a concorrência foi engolida e se tornou mais do mesmo. O Fashion Rio vem perdendo força criativa. Dos estilistas nacionais que fazem diferença, parece que são os mesmos de 10 temporadas atrás. E cadê a identidade que tanto falavam que precisava ser construída? Vamos lá marcas brasileiras, surpreendam. Provem que a resseção criativa foi um espelho da crise econômica e mostrem alguma euforia agora que o pior passou. To aqui esperando.

Um comentário:

Émie disse...

Acho que a moda ficou tão democrática que agora tem pra todo mundo, sabe? As tendências são... TODAS! Preto, branco e nude minimalistas, tem tanto espaço quanto fluor, babados e romãnticos. Hi-lo faz do punk rock uma espécie de clássico. É tempo de poás e de xadrezes. E de texturas e de volumes... E nessa toada toda quem quer que faça qualquer coisa, tá ótimo! Porque sempre vai ser super trendy, super in! Maxi-bolsas são tão lindas quanto clutches e por aí vai, entende? Não dá mais pra falar isso está ou isso não está na moda. Achei que os anos 80 tinham ido embora for good e aí... me surge a Lady Gaga e todo mundo acha lindo! RayBan Wayfarer... pelo amor de Deus! Aí vem a Lacoste e lança a versão limitada do seu aviador e todo mundo corre atrás como se fosse a maior novidade. To com preguiça de moda. Assisto as temporadas porque... nem sei! Porque é uma relação de amor e ódio que não tem fim e a moda me inspira a ser alguém maior, melhor e mais consumista - o que eu adoro. E só.